Vaticano

O futuro das universidades católicas

O Cardeal José Tolentino de Mendonça apelou ao "diálogo com o novo, a trabalhar incansavelmente sobre questões e problemas actuais, e a tornarmo-nos grandes laboratórios do futuro".

Giovanni Tridente-13 de julho de 2023-Tempo de leitura: 2 acta
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O Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação exorta as universidades católicas à "renovação" com "consciência", olhando para o amanhã com "esperança".

As universidades católicas de hoje e de amanhã são chamadas a "dialogar com o novo, a trabalhar incansavelmente sobre questões e problemas actuais e a tornar-se grandes laboratórios do futuro". Foi o que disse esta manhã o Cardeal José Tolentino de Mendonça, ao abrir os trabalhos do colóquio científico organizado pela Aliança Estratégica das Universidades Católicas de Investigação na sede da Universidade Católica de Milão.

A intervenção do Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação teve como objetivo dar uma visão geral do tema mais vasto escolhido para o Colóquio, o da muito debatida "Inteligência Artificial" e de como esta influenciará o desenvolvimento e as tarefas das Universidades Católicas do futuro.

"Espera-se que as universidades católicas não sejam apenas guardiãs activas da nobre memória dos tempos passados, mas também sondas e berços do amanhã", disse Tolentino, dirigindo-se aos presentes, que incluíam representantes proeminentes de oito universidades confessionais dos cinco continentes: Para além da Universidade Católica de Milão, a Universidade Católica Australiana, o Boston College, a Universitat Ramon Llull, a Pontifícia Universidade Católica do Chile, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a Universidade Sophia e a Universidade Católica Portuguesa.

Para o Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, no contexto atual dos estabelecimentos de ensino de alto nível é necessário aprender a conjugar "renovação" e "consciência", termos sobre os quais o Papa Francisco também se manifestou em várias ocasiões.

"Não há dúvida", reflecte Tolentino, "que o futuro exige uma visão interactiva, um amadurecimento multifacetado da realidade e a audácia de correr riscos.

Em todo o caso, para evitar os riscos inevitáveis, é necessário "reforçar uma antropologia integral que coloque a pessoa humana no centro dos principais processos de civilização".

O grande investimento a fazer, em suma, "só pode ser humano", a começar pela educação, com base na qual cada pessoa "pode desenvolver o seu potencial cognitivo, criativo, espiritual e ético, e assim contribuir, de forma qualificada, para o bem comum".

Outro aspeto sublinhado pelo Cardeal é o de tender para uma "inteligência criativa", acompanhada de um "discernimento que não pode ser parcial, nem improvisado, mas solidamente baseado nos próprios valores".

Por fim, retomando o Magistério do Papa Francisco, é necessário olhar para o futuro com "esperança": "quando falta a esperança, falta a vida. Aqueles que vivem no mundo universitário não podem dar-se ao luxo de não ter esperança. A esperança é a nossa missão".

O Colóquio de Milão conta com a presença dos reitores das oito universidades que participam na Aliança SACRU.

No final do evento, será preparado um projeto de documento para a publicação de uma tomada de posição que defina uma visão partilhada sobre o impacto da inteligência artificial e o papel das universidades, especialmente das universidades católicas. As conclusões serão confiadas ao presidente e ao secretário-geral da Sacru.

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