Vaticano

"Senhor, aumenta a nossa fé", reza o Papa

Na audiência geral de hoje, o Papa deu uma catequese sobre a virtude da fé. Recordou também as vítimas das guerras e das inundações no Quénia.

Loreto Rios-1 de maio de 2024-Tempo de leitura: 3 acta
Papa Francisco

OSV

Na quarta-feira, o Papa Francisco prosseguiu a sua catequese sobre as virtudes. Neste caso, centrou-se na virtude da fé: "Tal como a caridade e a esperança, esta virtude é chamada 'teologal' porque só a podemos viver graças ao dom de Deus. As três virtudes teologais são os grandes dons de Deus à nossa capacidade moral. Sem elas, poderíamos ser prudentes, justos, fortes e temperantes, mas não teríamos olhos que vêem mesmo no escuro, não teríamos um coração que ama mesmo quando não é amado, não teríamos uma esperança que ousa contra toda a esperança".

O Santo Padre definiu então a fé e deu exemplos de pessoas que a viveram, começando pelo nosso pai na fé, Abraão, e continuando com Moisés e a Virgem Maria: "Nesta fé, Abraão foi o nosso grande pai. Quando aceitou deixar a terra dos seus antepassados para ir para a terra que Deus lhe mostraria, foi provavelmente julgado como louco: porquê deixar o conhecido pelo desconhecido, o certo pelo incerto? Mas Abraão põe-se a caminho, como se visse o invisível. E é ainda o invisível que o faz subir a montanha com o seu filho Isaac, o único filho da promessa, que só no último momento será poupado ao sacrifício. Com esta fé, Abraão torna-se o pai de uma longa linhagem de filhos. Moisés foi também um homem de fé, que, aceitando a voz de Deus mesmo quando mais do que uma dúvida o assaltava, permaneceu firme na confiança no Senhor, chegando mesmo a defender o povo que tantas vezes carecia de fé. Uma mulher de fé seria a Virgem Maria que, ao receber o anúncio do Anjo, que muitos teriam rejeitado por ser demasiado exigente e arriscado, respondeu: "Eis a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38). Com o coração cheio de confiança em Deus, Maria põe-se a caminho por um caminho que não conhece nem o trajeto nem os perigos.

Citando o Evangelho da tempestade calma, o Papa indicou o principal inimigo da fé: "Não a inteligência, não a razão, como infelizmente alguns continuam a repetir obsessivamente, mas simplesmente o medo. Por isso, a fé é o primeiro dom a aceitar na vida cristã: um dom que devemos aceitar e pedir todos os dias, para que se renove em nós. Pode parecer um dom pequeno, mas é o essencial". De facto, recordou Francisco, no dia do batismo, o sacerdote pergunta aos pais: "O que pedes à Igreja de Deus?", ao que eles respondem: "A fé, o batismo". "Para um pai cristão, consciente da graça que lhe foi dada, este é o dom que deve pedir também para o seu filho: a fé. Com ela, o pai sabe que, mesmo no meio das provações da vida, o seu filho não se afogará no medo. Sabe também que, quando ele já não tiver um pai nesta terra, continuará a ter Deus Pai no céu, que nunca o abandonará. O nosso amor é frágil, só o amor de Deus vence a morte", continuou o Papa.

No final, o Papa convidou todos os presentes a dizer: "Senhor, aumenta a nossa fé".

No final da audiência, o Santo Padre não se esqueceu de pedir orações pela paz, recordando as guerras na Ucrânia, em Israel, na Palestina e pelos Rohingya em Myanmar, bem como pelas vítimas das inundações no Quénia.

Pediu também a intercessão de São José Operário para aumentar a nossa fé.

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