Por ocasião do Dia Internacional da Caridade e da comemoração na Igreja de Santa Teresa de Calcutá, teve lugar em Nova Iorque, a 5 de setembro, a estreia do filme "Madre Teresa e Eu", escrito e realizado por Kamal Musele, produzido pela Fundação Zariya, protagonizado por Banita Sandgu como Kavita, Jacqueline Fritschi-Cornaz como Madre Teresa e Deepti Naval como Deepali. Durante a sua estreia no Festival Católico Internacional de Cinema O filme foi galardoado com o "Prémio de Melhor Filme" no Festival de Cinema de Roma de 2022.
O filme conta a história de duas mulheres que experimentaram dúvidas existenciais em momentos diferentes das suas vidas, mas persistiram na sua fé e não abandonaram a sua vocação de mães em contextos diferentes. São elas Kavita, uma jovem britânica de origem indiana, e Madre Teresa de Calcutá. A primeira é uma jovem que vive em Londres com os seus pais, que querem que ela se case de acordo com as tradições indianas. No entanto, Kavita sofre uma desilusão amorosa e vê-se confrontada com uma gravidez inesperada que a leva a considerar a hipótese de abortar. Em busca de consolo, Kavita volta-se para a aldeia de Deepali, a ama que cuidou dela nos seus primeiros anos.
No filme, Deepali conta que ela própria foi adoptada em criança por Madre Teresa de Calcutá. Neste contexto, o filme narra o início do trabalho missionário de Madre Teresa nos bairros de lata de Calcutá. Depois de fundar a sua comunidade das Missionárias da Caridade, chega uma altura em que Teresa deixa de ouvir a voz de Jesus e sente-se abandonada. No entanto, continua a sua vocação no meio da escuridão, ao serviço dos pobres. Com o tempo, descobriu que a sua dedicação a Deus era total e significava um chamamento para participar de uma forma muito marcada na paixão de Cristo e na sua cruz. A história de Madre Teresa inspira Kavita nas decisões que irá tomar e que deixarão marcas na sua vida.
A produção
Sobre a sua produção, os criadores do filme referem que recriar a atmosfera de Calcutá dos anos 50 foi um desafio, pois tiveram de procurar figurantes com as características daqueles que viveram a fome nesses anos. Além disso, para as cenas, tiveram de recriar réplicas dos bairros pobres e da Casa dos Moribundos chamada "Nirmal Driday".
A música foi composta por dois compositores e dois violinistas cuja instrumentação ajuda a sublinhar as questões cruciais que os dois protagonistas enfrentam: amor, abandono, entrega total, aborto (vida ou morte), compaixão, fé, perseverança e vocação.
A estreia
Embora o filme tenha estreado em Nova Iorque a 5 de setembro, será exibido em 800 salas de cinema em várias cidades dos EUA a 5 de outubro. Após a estreia nacional, o filme estará também disponível em várias plataformas. A versão portuguesa do filme será exibida no Brasil em setembro e será lançada na Índia a 14 de outubro.
Os fundos angariados reverterão a favor de cinco instituições de solidariedade social dedicadas à saúde e educação de crianças e pessoas desfavorecidas.
Podem ser vistas antevisões do filme AQUI.