O Stampa Hall anunciou o tema escolhido pelo Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Em 2024, o tema será "Inteligência artificial e sabedoria do coração: por uma comunicação plenamente humana".
Nesta ocasião, o Santo Padre quer centrar-se na revolução tecnológica que faz com que "seja cada vez mais frequente ver um número crescente de pessoas na natural comunicar através e com as máquinas". Esta nova realidade traz desafios, entre os quais o Papa destaca a desinformação e a solidão.
Através da reflexão convidada pelo Dia das Comunicações Sociais, o Papa quer procurar uma melhor orientação dos sistemas de Inteligência Artificial. Francisco espera "que todos desenvolvam uma consciência responsável sobre o uso e o desenvolvimento destas novas formas de comunicação". Só aprendendo a integrar a inteligência artificial e os algoritmos de forma responsável se conseguirá "uma vida mais plena da pessoa humana".
Inteligência artificial e antropologia
Esta não é a primeira vez que o Papa fala sobre a inteligência artificial. Já na sua encíclica "Laudato si'"É correto regozijarmo-nos com estes avanços e ficarmos entusiasmados com as vastas possibilidades que estas constantes novidades" trazidas pela tecnologia nos abrem. No entanto, alertou para o facto de "a humanidade nunca ter tido tanto poder sobre si própria e não há garantias de que o utilize bem, especialmente tendo em conta a forma como o está a utilizar".
Em 2015, Francis reconheceu a multiplicidade de benefícios oferecidos pela tecnologia, seja através da Inteligência Artificial, dos avanços médicos ou da modernização da indústria. Mas mostrou-se preocupado com o impacto que esta tem na vida das pessoas. "As pessoas já não parecem acreditar num futuro feliz, não confiam cegamente num amanhã melhor com base nas condições actuais do mundo e nas capacidades técnicas. Percebem que o progresso da ciência e da tecnologia não é o mesmo que o progresso da humanidade e da história, e vêem que há outros caminhos fundamentais para um futuro feliz. No entanto, também não se imagina a renunciar às possibilidades oferecidas pela tecnologia.
O Santo Padre, consciente do grande peso da Inteligência Artificial e de tudo o que a rodeia, quer que a Igreja ajude a integrar os grandes avanços com uma visão do homem que não pode ser reduzida ao plano material do "paradigma tecnocrático".