Família

A segunda virgindade

Há casais que começam um namoro com a ilusão de viver a castidade até ao casamento e, por alguma razão, caem fora. É tempo, então, de retomar essa ilusão e viver uma segunda virgindade.

José María Contreras-22 de Setembro de 2022-Tempo de leitura: 2 acta
cortejo

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Nesta vida, há alturas em que não se consegue o que se quer, mas isso não significa que se deixe de lutar, de lutar por coisas.

Assim, há pessoas que se propõem a ter um cortejo limpo e não conseguem, por qualquer razão, embora possamos sempre falar, no mínimo, de uma falta de prudência.

Se a solução dada a esta situação é que "como não tivemos sucesso, como tivemos sexo, que diferença faz ter sexo uma, duas, cem vezes..." então isto não resolve as coisas. A tensão que deve estar presente num cortejo para fazer as coisas da maneira que se queria fazer no início desaparece, e a ilusão, com o tempo, desaparece também.

O que normalmente acontece nestes casos é que, muitas vezes, a relação é quebrada por falta de ilusão e, no próximo compromisso, é muito possível que o nível seja reduzido: a chantagem começa a surgir: "Se o fizeste com a outra pessoa, porque não comigo, é sinal de que não me amas...". E outras como esta.

Penso que temos de tentar reconstruir a ilusão nesse namoro que estava a correr tão bem até chegar o contacto sexual. Como? propondo viver a segunda virgindade. Ao ter uma conversa aprofundada com o seu parceiro, e começar de novo, para que a experiência anterior sirva para ganhar força, experiência, e para ser mais cuidadoso em tudo relacionado com a sexualidade.

A segunda virgindade é um hino à esperança e à ilusão.

Até agora não tem sido como queríamos, mas de agora em diante será. Já o vi muitas vezes e com grande sucesso.

Dito isto, devem ser feitos todos os esforços para acertar as coisas.

Há casais que parecem ter relações sem significado. Porque é que isto acontece? Naturalmente, porque, no fundo, querem fazê-lo. É, por assim dizer, um desejo involuntário.

Não fazem os meios, não são prudentes, vão a casa um do outro quando ninguém está em casa, demoram muito tempo a despedir-se, andam por aí em lugares mal iluminados, poder-se-ia dizer muitas outras situações que, por outro lado, todos os casais conhecem.

Como resultado, o que teoricamente não querem que aconteça está a acontecer, mas na realidade estão a fazer muito pouco.

Esta falta de força, de tenacidade, esta falta de força de vontade, surgirá mais tarde na relação em milhares de situações. A vida como casal é difícil e tem de ser treinado em exigências pessoais. A segunda virgindade é uma boa formação.

A proposta de viver assim fortalece muito o casal e, se o levarem a sério, restaura a ilusão. 

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