Enfrentar a adversidade

Neste artigo, Lupita Venegas dá alguns conselhos sobre como enfrentar as adversidades com fé.

8 de maio de 2024-Tempo de leitura: 2 acta

"Resiliência" em inglês (Unsplash / Alex Shute)

Está a passar por uma situação que o deixa de rastos? Uma notícia inesperada, uma doençaPerguntamo-nos porquê: afastamo-nos do sofrimento, da injustiça, da dor?

Lembre-se deste princípio: o que rejeita torna-se seu inimigo. Carl Jung, pioneiro da psicologia profunda, disse-o da seguinte forma: o que aceitas, transforma-te; o que negas, subjuga-te.

A melhor coisa que se pode fazer perante a adversidade é aceitá-la. Só então será capaz de lidar com ela de forma eficaz.

As Sagradas Escrituras alimentam a nossa esperança: "Sabemos que, para aqueles que amam a Deus, todas as coisas concorrem para o bem" (Rm 8, 28).

Temos inúmeros exemplos de pessoas que descobriram talentos maravilhosos escondidos precisamente ao enfrentarem um desafio inesperado.

Sabes o que é uma masmorra? O dicionário define-a como um lugar escondido para esconder ilegalmente coisas ou pessoas raptadas. Bosco Gutiérrez viveu numa delas durante 257 dias. Arquiteto mexicano, raptado, despojado de tudo, viveu neste lugar escuro sem nunca ouvir a voz dos seus guardas. 

Dizem que o sucesso não é para os mais fortes, mas para aqueles que sabem se adaptar. Após o choque inicial, Bosco entra em depressão à medida que os dias passam sem ser resgatado. No entanto, a certa altura, quando os raptores o viram à beira da morte, animaram-no com um cartaz que dizia: "Viva o México, hoje é 16 de setembro". Foi então que soube que estava naquelas condições há um mês e sentiu que tinha de se adaptar para seu próprio bem. Questionou seriamente a sua fé - será que acreditava mesmo em Deus? Acenou com a cabeça e assumiu que estava nas Suas mãos. Pensou na sua família e desejou veementemente voltar a vê-la. Por isso, encomendou o que era necessário para limpar perfeitamente o cubículo de 3 x 2 metros e planeou um horário em que lia a Bíblia, escrevia cartas, rezava missa de memória e fazia jogging no seu pequeno espaço. 

8 princípios perante a adversidade

Escreveu 8 mandamentos que regeriam a sua vida quotidiana e colou-os na parede para os manter à vista:

  1. Limitar a imaginação. "Não vou pensar no que me está a acontecer, vou prejudicar a minha saúde e não vou conseguir nada".
  2. Inteligência prática. "Adaptar-me-ei às circunstâncias".
  3. Manter a fé. "Não vou discutir com Deus, Ele sabe melhor do que eu o que é correto para mim".
  4. Esperarei pacientemente. "Isto vai durar o tempo que Deus quiser."
  5. Aproveitar a ocasião para rezar. "Rezarei por aqueles que amo, crescerei no sacrifício e no abandono".
  6. Lembrar-me que há muitas pessoas que sofrem mais do que eu. "Estou bem aqui, não me falta nada".
  7. Vou tomar resoluções práticas para ser melhor no meu regresso.
  8. Ser otimista. Não vou perder a esperança, vou banir os pensamentos negativos.

Estes princípios são, sem dúvida, apoiados pelos mais recentes especialistas em neurociência. Cada uma das acções que ele se propôs realizar ajudou-o a moldar um cérebro saudável, positivo e empreendedor. Para além disso, a sua vida de fé e de oração manteve viva a sua esperança, o que lhe permitiu, no momento oportuno, escapar e reencontrar a sua família sã e salva. 

Hoje, publicou o seu testemunho num livro e num filme. Também dá palestras com reflexões profundas que motivam milhares de pessoas a perseverar em todas as circunstâncias. No meio da sua dolorosa experiência, confirmou o que Nietzsche disse, com razão, com a frase: "Quem tem um porquê, encontra sempre um como". 

Aceite a sua realidade com paz, peça ajuda a Deus e enfrente o que vier com sabedoria.

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