Estados Unidos da América

A USCCB apela a uma economia centrada na família

O "Dia do Trabalhador" é celebrado nos Estados Unidos a 4 de setembro. Numa declaração emitida pela Conferência Episcopal, os bispos apelam a uma economia que seja solidária com as famílias para que estas possam prosperar.

Paloma López Campos-4 de setembro de 2023-Tempo de leitura: 2 acta
Poupança

Uma rapariga coloca dinheiro no seu mealheiro (Unsplash / Annie Spratt)

Os Estados Unidos celebram o Dia do Trabalhador a 4 de setembro. Este dia convida a uma reflexão sobre a economia do país, o que levou a USCCB a publicar um comunicado falar sobre a situação atual das famílias.

A nota é assinada pelo presidente da Comissão para a Justiça Interna e o Desenvolvimento Humano, o Arcebispo Borys Gudziak, mas transmite a mensagem de todo o episcopado do país, resumida na necessidade de "solidariedade radical com as famílias trabalhadoras".

O estado da economia

A declaração da USCCB começa por apontar as melhorias económicas. Por um lado, a inflação está a abrandar, enquanto os salários dos trabalhadores aumentaram. Ao mesmo tempo, o desemprego diminuiu e estão a ser criados novos postos de trabalho.

No entanto, como salientam os bispos, há "mais famílias que sentem que estão em pior situação do que no ano passado". A subida dos preços impediu as famílias de poupar e as rendas continuam a aumentar. A isto juntam-se os custos dos cuidados de saúde, cujo elevado custo leva muitas famílias a prescindir das visitas ao médico.

Medidas políticas

Perante esta situação, a USCCB é clara: "Temos de fazer mais para apoiar as famílias". Um sistema económico mais favorável responderá à sua autêntica missão, acreditam os bispos. Afirmam que "o objetivo da economia é permitir que as famílias prosperem". Para esse efeito, a Conferência Episcopal sugere algumas medidas bipartidárias, nomeadamente

-Reforçar o crédito fiscal para crianças. Atualmente, muitas famílias estão excluídas deste apoio;

-Promover a licença familiar remunerada. Os Estados Unidos são um dos poucos países que não garantem esta licença.

Medidas sociais

Além disso, os bispos incentivam os cidadãos a dialogar sobre as necessidades das pessoas mais pobres e mais vulneráveis. famílias e a procurar soluções nas suas comunidades. Reconhecem também o trabalho dos sindicatos, que o Papa Francisco também reconheceu numa audiência com os líderes destas organizações.

A declaração da USCCB conclui sublinhando que há ainda muito trabalho a fazer para ser verdadeiramente solidário com as famílias trabalhadoras. "Rezemos e actuemos com este objetivo, escutando sempre o Senhor que realiza a boa nova quando ouvimos a sua palavra todos os dias.

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