Cinema

"O gesto mais importante sobre Medjugorje é o Papa Francisco".

Medjugorje, o filme está nos cinemas há duas semanas e meia e já foi visto por 30.000 pessoas. O gesto mais importante sobre Medjugorje veio do Papa Francisco, diz o seu director, Jesús García Colomer. Três dos seis visionários bósnios afirmam que Nossa Senhora lhes aparece todos os dias, e as conversões são inumeráveis.

Rafael Mineiro-23 de Outubro de 2021-Tempo de leitura: 5 acta
medjugore

A atracção de Medjugorje para milhões de pessoas é inquestionável. As aparições da Virgem Maria que tiveram lugar neste pequeno lugar na Bósnia-Herzegovina são milhares, "porque desde 24 de Junho de 1981, quando começaram, até hoje, não cessaram, de acordo com o testemunho dos visionários. Há três deles [há seis visionários], que afirmam ter aparições todos os dias", comenta o director do documentário, Jesús García Colomer.

Diz-se que São João Paulo II disse em privado que não foi a Medjugorje porque era o Papa e não podia, mas que se não fosse o Papa iria lá para ouvir confissões. Bento XVI criou uma comissão de inquérito, e "o gesto mais importante foi feito pelo Papa Francisco quando retirou o poder ao bispo local e o deu a um enviado directo do seu. E depois há a autorização das peregrinações", resume este escritor, roteirista e produtor audiovisual, a quem Medjugorje mudou a sua vida.

Jesús García Colomer

Jesús García, marido e pai de família, conheceu Medjugorje em 2006, quando foi enviado para fazer um relatório. Nessa altura, deparou-se com "a maior história que se poderia contar hoje". A sua história não pode ser compreendida sem Medjugorje, e durante anos, juntamente com outro profissional de comunicação, Borja Martínez-Echevarría, tinha querido fazer este relatório. documentárioo que hoje é uma realidade. O filme apresenta personagens como Nando Parrado, Tamara Falcó, María Vallejo-Nágera, e muitos outros. "A principal mensagem de Medjugorje é a conversão", diz ele. Com Jesús García, 'Suso para amigos, nós conversamos.

̶ 1 de Outubro assistiu à estreia do Medjugorje, o filmeO que é que os espectadores verão no filme?

É um instrumento informativo, um documentário, sobre um acontecimento histórico, e ao mesmo tempo contemporâneo, porque começou há 40 anos, mas os fenómenos de Medjugorje continuar. O filme contém entrevistas com os protagonistas, com três dos visionários, com o Padre Jozo, que foi pároco de Medjugorje em 1981, e que tem um testemunho impressionante, pois como resultado de tudo isto os comunistas prenderam-no, esteve na prisão durante um ano e meio. Tem agora 80 anos de idade e pudemos entrevistá-lo. O documentário inclui também testemunhos de pessoas que estiveram em Medjugorje e contam histórias sobre as suas experiências lá.

̶ Como correu a estreia e ainda podemos ver o filme?

A estreia correu muito bem. Em duas semanas e meia fez trinta mil espectadores, o que é uma barbaridade, e está a ser uma surpresa de bilheteira, está a tornar-se um fenómeno, por assim dizer. Ainda se pode ver. No sítio do filme actualizamos as salas de cinema em Espanha, onde ainda está a ser exibido.

É verdade que milhões de pessoas já visitaram este lugar na Bósnia-Herzegovina?

Sim, é verdade. Antes da pandemia, estimava-se que havia um a dois milhões de peregrinos de todo o mundo, com números de 2019, pré-pandémicos, todos os anos. Isto já dura há 40 anos, há milhões de pessoas que vão todos os anos, e de todo o mundo.

Qual é a sua mensagem principal?

A mensagem principal de Medjugorje é a conversão. Mas a conversão não é vista para o não católico, não cristão, o mau da fita, o assassino que se converte, ou algo do género, mas um apelo à conversão aos cristãos baptizados que em algum momento da sua vida deixaram a fé e a vida da Igreja.

̶ Que impressão causou em si e nas pessoas que conhece? Até comentou que Medjugorje mudou a sua vida..., e pelo que vimos, a de muitas pessoas.

Para mim foi definitivo. Foi um ponto de viragem. Comecei uma nova vida na Igreja. É verdade que não foi a minha conversão enquanto tal, mas foi o fim de um processo de conversão de dois anos. E a partir daí, foi definitivo. E nas pessoas que conheço, a mesma coisa. Foi uma conversão. A palavra conversão fazia sentido para mim. Quando falam de conversão, não se sabe do que estão a falar, mas quando se vive, eu sei do que estão a falar. E isso mudou a minha vida.

̶ Pode dizer-nos um par de ideias que pretende transmitir com o filme?

Para começar, trata-se simplesmente de um interesse informativo, como todos os documentários. Mas a ideia que transcende é: Deus existe, Deus é verdadeiro. Se isto está a acontecer, como o documentário transmite, a única possibilidade é que Deus é verdadeiro, que Deus existe,

O filme acrescenta alguma coisa ao que pudemos ler no seu livro sobre Medjugorje?

Inclui novos testemunhos e actualiza a posição da Igreja, que comentarei mais tarde.

̶ A atmosfera é de oração e penitência, de acordo com o filme...

Houve uma tarde, passeando por ali, quando contei 207 padres a confessarem, na rua. Ao lado da paróquia, sentam-se em cadeiras dobráveis, em bancos, colocam um pequeno sinal com a língua em que confessam, penso que há padres a confessarem em mais de trinta línguas, e eu contei 207. Falando com eles, pensei que nesse dia entre 8.000 e 10.000 pessoas tinham confessado lá, numa única tarde, num dia de Verão.

Quais têm sido as principais decisões da Santa Sé relativamente às alegadas aparições da Virgem Maria nestas terras da antiga Jugoslávia comunista desde 1981?

Acima de tudo, três coisas são dignas de nota. Em 2010, Bento XVI constituiu uma comissão de inquérito em Medjugorje. Esta comissão, presidida pelo Cardeal Camillo Ruini, concluiu os seus trabalhos em 2014 e emitiu um relatório, que ainda hoje é secreto. O conteúdo deste relatório nunca foi tornado público. É verdade, porém, que em 2017 Roma enviou um visitante apostólico que assumiu Medjugorje, retirando este poder ao bispado local, que é o bispado de Mostar, e aos Franciscanos, porque é uma paróquia administrada por Franciscanos. Já não depende nem dos franciscanos nem do bispo, e em 2017 começa a depender directamente de Roma, através deste visitador apostólico.

E em 2019, por ordem deste visitante apostólico, Roma autoriza as peregrinações oficiais. Isto significa que permite que dioceses, paróquias, movimentos ou congregações organizem as suas próprias peregrinações.

Os três gestos não podem ser desligados, há uma investigação, anos mais tarde é enviado um visitante apostólico, e dois anos mais tarde as peregrinações são autorizadas. Tudo tem a ver com isto, obviamente. E é positivo.

̶Quantas aparições marianas tiveram lugar desde então?

Milhares. Porque desde 24 de Junho de 1981, quando começaram, até hoje, não cessaram, de acordo com o testemunho dos visionários. Há três deles (há seis visionários) que afirmam ter aparições todos os dias.

Pode resumir a posição dos Papas recentes sobre Medjugorje?

Muitas coisas são ditas sobre João Paulo II. Uma delas é que ele disse em privado que não foi a Medjugorje porque era o Papa e não podia, mas que se não fosse o Papa iria lá para ouvir confissões. O Papa Bento XVI criou esta comissão de inquérito, e o gesto mais importante foi feito pelo Papa Francisco quando retirou o poder ao bispo local e o entregou a um enviado directo do seu. Este é o gesto mais importante que existe. E depois a autorização de peregrinações.

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