No seu vídeo de março de 2024, o Papa Francisco junta-se à "Ajuda à Igreja que Sofre" e aponta como protagonistas "os novos mártires, testemunhas de Cristo". No seu mensagemO Papa conta a história de um homem muçulmano cuja mulher, uma cristã devota, foi morta por terroristas depois de se ter recusado a atirar o seu crucifixo para o chão. Francisco vê o gesto da mulher como testemunho de "um amor a Cristo que a levou a aceitar e a ser leal até à morte".
No vídeo, o Papa afirma que "há mais mártires hoje do que no início do cristianismo". Este facto não é surpreendente, tendo em conta que o perseguição religiosa A fidelidade dos fiéis está a aumentar desde há alguns anos. No entanto, o Santo Padre garante que estes testemunhos de fidelidade são "o sinal de que estamos no bom caminho".
Por isso, o Papa pede aos católicos que rezem com ele para que os mártires, que arriscam a vida pelo Evangelho, contagiem a Igreja com a sua coragem, o seu impulso missionário. E assegura-nos que a coragem e o testemunho destas pessoas são "uma bênção para todos".
Comissão dos Novos Mártires
Francisco chama frequentemente a atenção dos católicos para a vida dos novos mártires. Tanto assim é que, a 3 de julho de 2023, anunciou numa carta a constituição de uma "Comissão dos Novos Mártires-Testemunhas da Fé". Esta comissão, ligada ao Dicastério para as Causas dos Santos, tem por objetivo "elaborar um Catálogo de todos aqueles que derramaram o seu sangue para confessar Cristo e dar testemunho do seu Evangelho". A Comissão centrará o seu trabalho naqueles que morreram por causa do Evangelho no primeiro quarto de século da nossa era, mas o Papa deseja que o seu trabalho continue no futuro.
O Catálogo em que esta comissão está a trabalhar inclui também os testemunhos de outras confissões cristãs. O Pontífice confia que este esforço da Comissão "ajudará os crentes a ler o nosso tempo à luz da Páscoa, tirando do tesouro de uma fidelidade tão generosa a Cristo as razões da vida e do bem".