Evangelho

Liberdade interior. Quinto Domingo do Tempo Comum (B)

Joseph Evans comenta as leituras do Quinto Domingo do Tempo Comum (B) e Luis Herrera faz uma breve homilia em vídeo.

Joseph Evans-1 de fevereiro de 2024-Tempo de leitura: 2 acta

No Evangelho de hoje, vemos Jesus fazer todo o tipo de milagres: curar a sogra de Simão da febre, expulsar demónios e curar doenças. Mas isto é apenas um sinal de que o Espírito Santo está sobre ele. Jesus realiza estas acções porque está cheio do Espírito e a libertação é um sinal da ação do Espírito: "...".O Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade."(2 Cor 3,17). O Espírito é como o vento, que não pode ser coagido. Foi assim que Nosso Senhor descreveu a atividade do Espírito a Nicodemos, quando este o foi visitar (cf. Jo 3,1-8). 

Pode haver alturas na vida em que nos sentimos muito limitados, sem liberdade, como Job na primeira leitura: "...".A vida do homem na terra não é uma milícia, e os seus dias não são como os de um trabalhador; como um escravo, ele suspira pela sombra; como um trabalhador, ele espera pelo seu salário. A minha herança foram meses desperdiçados, foram-me atribuídas noites de labuta. Quando me deito, penso: quando é que me vou levantar? A noite dura eternamente, e estou cansado de me remexer até ao amanhecer. 

Este sentimento pode ser objetivo ou exagerado. Em qualquer dos casos, é preciso lembrar que a liberdade é, antes de mais, interior. O que realmente tira a liberdade são as limitações interiores: os vícios, as fraquezas de carácter. Alguém - os mártires cristãos, por exemplo - pode estar fechado numa prisão e ser interiormente totalmente livre. 

Precisamos do Espírito Santo para nos dar a graça de encontrar a liberdade. A Quaresma vai começar em breve e é uma boa ocasião para nos interrogarmos sobre o que precisamos de mudar para crescer em liberdade: o que precisa de ser cortado em nós (um vício a eliminar) ou melhorado (uma virtude a desenvolver)? Que defeito, mau hábito ou vício está a tirar-me a liberdade? Pode ser a preguiça, o apego ao telemóvel ou à Internet, à comida ou à bebida, aos gastos, ou qualquer outra coisa. A Quaresma é um tempo de graça para lutar mais contra estes vícios e encontrar uma maior liberdade em Deus. O sacramento da Confissão é o sacramento da liberdade, pois liberta-nos dos nossos pecados.

Se estivermos cheios do Espírito Santo, estaremos cheios de liberdade. De facto, como explica São Paulo na segunda leitura, esta liberdade leva-nos a fazermo-nos de bom grado escravos dos outros: "...somos livres para sermos escravos dos outros".Porque, sendo livre como sou, fiz-me escravo de todos para ganhar o máximo possível". Como fez Jesus. A liberdade encontra a sua expressão mais plena na entrega amorosa.

Homilia sobre as leituras do 5º Domingo do Tempo Comum (B)

O sacerdote Luis Herrera Campo oferece a sua nanomiliaUma breve reflexão de um minuto para estas leituras dominicais.

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