Evangelho

Das palavras aos actos. 26º Domingo do Tempo Comum (A)

Joseph Evans comenta as leituras do 26º Domingo do Tempo Comum e Luis Herrera apresenta uma breve homilia em vídeo.

Joseph Evans-28 de setembro de 2023-Tempo de leitura: 2 acta

Para que um navio ou um avião chegue ao seu destino, tem de verificar constantemente se está a seguir a rota correcta e fazer as correcções necessárias. E se, enquanto conduzimos, nos apercebemos de que tomámos o caminho errado, o bom senso diz-nos para voltarmos para trás e retomarmos a estrada certa. O mesmo acontece com a vida espiritual, e é disso que nos falam as leituras de hoje.

Até que ponto estamos dispostos a mudar, a corrigir o nosso rumo, a admitir que estávamos errados? Jesus coloca estas questões através da parábola gráfica de dois filhos que são enviados pelo pai para trabalhar. O primeiro manifestou a sua vontade de ir, mas não foi. Talvez tencionasse ir, mas distraiu-se. E, depois de ter tomado a decisão errada, não foi capaz de mudar e fazer a coisa certa. Mas o outro, apesar de ter feito mal em recusar o pedido do pai, reconheceu o seu erro e partiu de facto para a vinha para começar a trabalhar.

O primeiro filho, apesar da sua aparente boa vontade, continuou no caminho da desobediência. O segundo filho foi suficientemente sábio para dar a volta e acabou no sítio certo. Jesus aplica então a parábola aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos, bem como aos cobradores de impostos e às prostitutas. Estes últimos, apesar de irem na direção errada com as suas acções pecaminosas, tiveram o bom senso de mudar de direção, de se converterem, graças à pregação do justo João Batista.

Os sacerdotes e os anciãos, apesar de inicialmente viverem um "sim" a Deus, devido ao seu estado de vida, não responderam verdadeiramente ao apelo de Deus através de João. O seu aparente "sim" transformou-se num verdadeiro "não".

A vontade de retificar é essencial para a vida cristã. Nunca devemos pensar que a nossa posição nos impede de admitir que estamos errados. Isto pode acontecer, por exemplo, com pessoas com autoridade, mesmo com os pais. Pensam que a sua própria autoridade os impede de admitir o seu erro, como se, ao fazê-lo, ficassem mal vistos. Mas, desta forma, só agravam o seu erro e vão cada vez mais longe no caminho errado.

Todos nós devemos viver num estado de arrependimento e isso significa retificar muitas vezes por dia. O pedido de perdão é profundamente cristão. É bom fazer numerosos actos de contrição todos os dias e pedir perdão também aos outros, sempre que precisarmos, incluindo aqueles que estão sob a nossa autoridade. Nunca é tarde demais para reconhecer que cometemos um erro, ou para voltar atrás se estivermos no caminho errado.

Deus dar-nos-á sempre a graça de que necessitamos para o fazer. E, claro, o melhor meio para mudar do caminho errado para o caminho certo é o Sacramento da Confissão. Aí, não é apenas o profeta João que nos chama a admitir os nossos pecados, é o próprio Jesus Cristo que nos dá a graça de que necessitamos para os confessar e nos libertarmos deles e começarmos a viver de uma forma nova e correcta.

Homilia sobre as leituras de domingo 26º Domingo do Tempo Comum (A)

O sacerdote Luis Herrera Campo oferece a sua nanomiliaUma breve reflexão de um minuto para estas leituras dominicais.

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