Evangelho

Os tempos de Deus. 11º Domingo do Tempo Comum (B)

Joseph Evans comenta as leituras do 11º Domingo do Tempo Comum e Luis Herrera faz uma breve homilia em vídeo.

Joseph Evans-13 de junho de 2024-Tempo de leitura: 2 acta

O tempo de Deus é diferente do nosso. Ele age de acordo com um calendário diferente. E é isto que nos diz o Evangelho de hoje: "O tempo de Deus é diferente do nosso.O reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. Dorme de noite e levanta-se de manhã; a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra produz frutos por si mesma: primeiro os caules, depois a espiga, depois o grão. Quando o grão está pronto, mete-se a foice, porque a colheita chegou".

Isto é fé, aceitar que Deus faz as coisas no seu tempo e à sua maneira: há tanta coisa que não vemos e tão pouco que podemos realmente controlar. Não vemos a semente a crescer debaixo da terra. Só vemos a lama negra e feia do campo. Mas a semente tem de passar por esta fase: faz parte do seu crescimento. E não importa se estamos acordados ou a dormir: ficar acordado não fará com que a semente cresça mais depressa. Não é a nossa atividade, o nosso poder... É o poder de Deus.

De facto, por vezes estragamos as coisas por excesso de atividade, como quando, por exemplo, abrimos o forno demasiadas vezes ao cozinhar para ver como está a comida ou para interferir com ela. Ao fazê-lo, podemos estragá-lo. Temos de deixar que Deus faça as coisas a seu tempo, à sua maneira. Ele pede-nos simplesmente que sejamos pacientes, que tenhamos fé e que rezemos. Por vezes, rezamos por uma invenção extraordinária de Deus e nada acontece. Mas depois, com tempo e oração, as coisas resolvem-se. A seu tempo.

Não se trata de passividade. Há coisas que podemos e devemos fazer. O agricultor tem de preparar o campo, espalhar o adubo, arrancar as ervas daninhas, afastar as pragas... Há coisas que também temos de fazer na nossa vida cristã. Temos de arrancar as ervas daninhas o melhor que pudermos, lutando contra os maus hábitos e os vícios. Temos de manter as pragas afastadas, o que pode significar ficar longe de más companhias, da televisão ou da Internet. E depois é altura de colher. Mas, em última análise, não podemos fazer crescer a semente. Isso está para além do nosso poder.

Nem nos devemos preocupar com a pequenez dos começos, diz-nos Jesus. Um grão de mostarda é uma coisa muito pequena. Muitas vezes, os nossos esforços, as nossas boas acções, são sementes de mostarda. Mas é preciso ter fé para acreditar no poder das pequenas coisas. Deus faz com que cresçam e, com o tempo, transformam-se numa árvore onde muitos pássaros constroem os seus ninhos, onde as famílias e as comunidades podem florescer e sustentar-se, fazendo a sua própria vida.

Homilia sobre as leituras do 11º Domingo do Tempo Comum (B)

O sacerdote Luis Herrera Campo oferece a sua nanomiliaUma breve reflexão de um minuto para estas leituras dominicais.

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