Evangelho

Fazer o bem ao ritmo de Deus. 13º Domingo do Tempo Comum (B)

Joseph Evans comenta as leituras do 13º Domingo do Tempo Comum e Luis Herrera faz uma breve homilia em vídeo.

Joseph Evans-27 de junho de 2024-Tempo de leitura: 2 acta

Na sua missão, o Senhor revela uma notável mistura de determinação, flexibilidade e paciência. Isto é particularmente evidente no Evangelho de hoje, onde vemos constantemente Jesus disposto a ir onde lhe pedem, adaptando os seus projectos, sem a menor pressa, mas inspirado por um claro sentido de seguir a vontade do Pai. 

Jesus sabe o que quer fazer e fá-lo calmamente, sem se inquietar. E, no entanto, as multidões agitam-se à sua volta, as pessoas reclamam a sua atenção ou tocam-no, os discípulos respondem nervosamente, as pessoas choram e lamentam em voz alta, ou riem-se dele. 

Jesus acaba de expulsar milhares de demónios de uma pessoa - uma batalha difícil e cansativa. Quando atravessa de barco para a outra margem, uma grande multidão reúne-se à sua volta. No meio da multidão, com Jesus sem dúvida pronto para os ensinar, um certo Jairo pede-lhe que venha curar a sua filha. Jesus segue-o sem questionar. 

No caminho, dá-se outra interrupção. Uma mulher que sofria de uma hemorragia dolorosa há doze anos toca-lhe. Sentindo que as suas forças se esvaem, Jesus pára: não basta curar a mulher, ele quer ajudá-la a crescer na fé. É por isso que a põe à prova antes de a curar; há mesmo tempo para uma conversa com os seus discípulos. Podemos imaginar a impaciência de Jairo enquanto tudo isto se passa. É então que os seus piores receios se confirmam. Dizem-lhe que a sua filha morreu.

Jesus diz-lhe: "Não tenhas medo; tem apenas fé".. Demora ainda mais tempo, impedindo que todos os outros o acompanhem e permitindo que apenas Pedro, Tiago e João o façam. Depois de ter expulsado de casa todos os que choravam (demora mais tempo), Jesus cura finalmente o menino com grande paciência e delicadeza: "Estou a falar contigo, rapariga, levanta-te".. Ela faz isso, e até nos é dito que Jesus pensa em dizer-lhes que lhe dêem de comer.

Esta é uma grande lição para nós. Estar determinado a fazer o bem e não deixar que nada nos detenha, mas com calma, paciência e flexibilidade. 

Uma das razões da nossa falta de misericórdia - e esta pode ser uma falha particular das pessoas trabalhadoras e motivadas - é que temos todo o tipo de coisas que queremos fazer, talvez coisas muito boas para o serviço de Deus, e não gostamos de ser interrompidos. 

O que devemos aprender é que essas interrupções podem ser Nosso Senhor a dizer-nos o que quer que façamos.

Homilia sobre as leituras de domingo 13º Domingo do Tempo Comum (B)

O sacerdote Luis Herrera Campo oferece a sua nanomiliaUma breve reflexão de um minuto para estas leituras dominicais.

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