Evangelho

Liberdade para amar a Deus. Décimo Domingo do Tempo Comum (B)

Joseph Evans comenta as leituras do X Domingo do Tempo Comum e Luis Herrera apresenta uma breve homilia em vídeo.

Joseph Evans-6 de junho de 2024-Tempo de leitura: 2 acta

Se tentarmos viver a nossa fé, encontraremos oposição. É este o tema principal das leituras de hoje. 

A primeira leitura mostra Satanás como o principal adversário de Deus desde o início e descreve as consequências negativas do pecado original. Em vez de maldições, o que Deus diz são profecias, anunciando como o pecado afectará a humanidade ao longo da história. 

De facto, o ódio do diabo à humanidade diz muito sobre a dignidade da pessoa humana. Tendo perdido a sua própria dignidade, Satanás inveja a nossa. E como o Santo Padre afirmou no seu recente documento sobre a dignidade humana (Dignitas Infinita)É o pecado que mais prejudica a nossa dignidade.

Mas o diabo não tem poder sobre nós se nos mantivermos perto de Cristo. Jesus é o homem mais forte que entrou na fortaleza de Satanás e o derrotou e amarrou (Mc 3,27). Isto é demonstrado no livro do Apocalipse (Ap 20,1-3), embora também deixe claro que o diabo pode continuar a atuar, embora o seu tempo para o fazer seja limitado (Ap 12,12). Ele é como um animal ferido e moribundo, que pode, por isso, ser ainda mais feroz.

É por isso que o demónio faz tudo o que pode para impedir o trabalho de evangelização. É por isso que, no Evangelho de hoje, o vemos começar por agitar a família alargada de Cristo, para tentar limitar o seu ministério. 

Como é triste quando uma família, mesmo uma família supostamente cristã, se opõe ao desejo de um dos seus membros de se entregar a Deus. E depois Satanás leva os escribas a dizer que Jesus estava possuído por um espírito impuro. Na verdade, o demónio é mentiroso e pai da mentira (Jo 8,44). A mentira não podia ser maior. Jesus é aquele que veio para vencer e amarrar Satanás, e eles afirmam que ele está possuído pelo demónio! Na verdade, Satanás é o grande acusador (Ap 12,10).

A acusação destes escribas é tão grosseira e falsa que Jesus tem de os avisar daquilo a que chama blasfémia. "contra o Espírito Santo".. É um pecado que é obstinação no pecado, um pecado que se fecha à graça e até à razão. Deus quer perdoar-nos, mas não impõe a sua misericórdia. 

O pecado contra o Espírito resiste até mesmo à misericórdia divina. São estes os extremos a que pode chegar a obstinação humana.

A passagem termina com a insistência de Jesus na liberdade de que necessita para a sua missão salvadora. Ele não se deixará prender pelos laços familiares. Devemos amar as nossas famílias, mas estar dispostos a formar novas famílias por causa do Reino, incluindo as formadas por pessoas celibatárias.

Homilia sobre as leituras do 10º Domingo do Tempo Comum (B)

O sacerdote Luis Herrera Campo oferece a sua nanomiliaUma breve reflexão de um minuto para estas leituras dominicais.

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