Leituras dominicais

"O rosto de Jesus inabalável em misericórdia". 13º Domingo do Tempo Comum

Andrea Mardegan comenta as leituras do 13º domingo do Tempo Comum e Luis Herrera faz uma breve homilia em vídeo. 

Andrea Mardegan-23 de Junho de 2022-Tempo de leitura: 2 acta
Leituras dominicais

A viagem de Jesus a Jerusalém, central ao Evangelho de Lucas, começa. No grego, Lucas menciona o rosto de Jesus três vezes. A "decisão firme" de ir a Jerusalém é expressa desta forma: "Ele endureceu o seu rosto para caminhar em direcção a Jerusalém".O envio de mensageiros: "Enviou mensageiros diante do seu rosto".e a causa da rejeição dos samaritanos: "Pois a sua cara estava a caminho de Jerusalém".

Lucas mostra-nos o rosto de Jesus, revelando-nos o rosto do Pai. O rosto de Jesus parece duro, mas na realidade ele é firme na sua decisão amorosa de dar a sua vida por todos em Jerusalém, tenaz em ternura e misericórdia. Ele quer resistir àqueles que se opõem ao plano de salvação que aí será cumprido. 

Os judeus evitaram Samaria no seu caminho para Jerusalém porque os samaritanos eram incrédulos, mas Jesus passa de propósito. Ele enviou mensageiros, talvez os próprios Tiago e João, que, irritados com a sua recusa, pedem a Jesus permissão para chamar fogo do céu para os consumir. Jesus vira-se e mostra o seu rosto, determinado a permanecer misericordioso, mesmo para com aqueles que o rejeitam. Para repreender James e John, ele usa o mesmo verbo com o qual expulsa os demónios. Aqueles que os querem impedir de caminhar na lógica de Deus são considerados por ele como "Satanás", como Pedro.

Lucas relata em Actos: que Samaria é o primeiro destino, depois da Judéia, indicado por Jesus aos apóstolos para o seu testemunho; que durante a perseguição de Saulo os cristãos fugiram para Samaria, onde levaram a palavra de Deus; que Pedro e João foram enviados para lá, e impuseram as mãos sobre os samaritanos que receberam o Espírito Santo: esse era o fogo do céu que Jesus queria para Samaria. 

Ir, andar, seguir, são palavras frequentes nesta passagem. Jesus ensina a três aspirantes a discípulos o que considerar a fim de o seguir. Se queremos segui-lo para todo o lado, Jesus avisa-nos que ele não é um refúgio, uma solução para todos os problemas, um lugar protegido das dificuldades da vida, mas muito pelo contrário. Se, ao ouvirmos o seu apelo, lhe dissermos que antes de o seguirmos temos corpos para enterrar, feridas, histórias e mal-entendidos do passado para resolver, ele diz-nos para pôr de lado esses fardos e ir em missão com ele.

Em terceiro lugar, encoraja-nos a libertar-nos do condicionamento das pessoas que amamos e que nos amam, mas que podem ser um obstáculo ao seguimento de Jesus. Os camponeses que puseram as mãos na charrua olharam para a frente porque essa era a forma de endireitar o sulco. Aqueles que seguem o Mestre devem também olhar em frente, para o futuro, para a novidade de vida que Ele é sempre capaz de propor e realizar. 

A homilia sobre as leituras de domingo 13 de domingo

O sacerdote Luis Herrera Campo oferece a sua nanomiliauma breve reflexão de um minuto para estas leituras.

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