Depois de profetizar a morte de Jeroboão e o exílio de Israel, Amós, natural da Judeia, enviado por Deus para profetizar no reino do norte, é convidado pelo profeta oficial do reino, Amazias, a regressar à Judeia. A sua experiência ajuda a enquadrar a natureza do profeta: ele é chamado e enviado por Deus. Amos ouve estas palavras: "Vidente, vai, foge para o território de Judá". Aí poderá ganhar o seu sustento, e aí profetizará. Mas não profetize novamente em Betel, pois é o santuário do rei e a casa do reino. Mas Amós disse ao Amazonas: "Eu não sou profeta nem filho de profeta. Eu era um pastor e cultivador de sicómoros. Mas o Senhor arrancou-me do meu rebanho e disse-me: 'Vai, profetiza ao meu povo Israel'. A vocação de Amós não tem lugar por razões de linhagem ou conhecimento, mas apenas por eleição divina.
O prólogo da carta aos Efésios é uma bênção que é um paradigma da profecia de Paulo, ilustrando sete aspectos da acção de Deus com o homem: a eleição de Deus, a predestinação à filiação divina em Cristo, a redenção no seu sangue, a revelação do mistério da recapitulação em Cristo de todas as coisas, o ser herdeiro na esperança, o dom do Espírito prometido e viver para o louvor de Deus e para a sua glória. Uma síntese admirável da mensagem que o evangelizador espalha.
Em Marcos lemos uma colecção de pequenos ditos do Senhor, que pintam um quadro da forma como os seus discípulos evangelizam. Não são enviados individualmente, mas com outro, com o apoio do pessoal para a fraqueza do corpo e o apoio do irmão para todas as outras necessidades de comunhão e companheirismo. Eles têm o mesmo poder que Jesus para expulsar espíritos impuros.
O desprendimento é radical: "Ordenou-lhes que não levassem nada para a viagem, nem pão, nem saco, nem dinheiro na bolsa, mas apenas um bastão, e que usassem sandálias e não levassem duas túnicas. Estas não são as coisas em que se possa encontrar apoio. O seu destino é o lar: o lugar onde se vive e se ama, onde cada um é cada um, onde está a família. Isto recorda-nos as conversões, nos tempos apostólicos, de toda uma família ao ouvir a proclamação do Evangelho. "E se algum lugar não vos receber ou não vos ouvir, quando saírem, sacudam o pó dos vossos pés como testemunho para eles".. Aceitam que não foram aceites e escutados: não se vão embora sobrecarregados nem com um grão de pó de rancor, julgamento ou maus pensamentos. Deixam-na nas mãos de Deus e esquecem-na. Eles pregam e curam, como Jesus. Ungem muitas pessoas doentes com óleo, um símbolo da sua cura e do seu estilo de actuação calmante. Unção que nos leva de volta a esse Evangelho cada vez que o oferecemos ou recebemos.
A homilia sobre as leituras de domingo 15 de domingo
O sacerdote Luis Herrera Campo oferece a sua nanomiliauma breve reflexão de um minuto para estas leituras.