Comentários sobre as leituras de domingo 26 de domingo
Nos últimos acontecimentos, os discípulos pensaram que tinham deixado uma má impressão em Jesus. Para recuperar a sua coragem aos seus olhos, João conta como eles impediram um homem de expulsar demónios em nome de Jesus, "porque ele não vem connosco".. Não tinham sido capazes de expulsar o demónio que atormentava a criança no sopé da montanha. Um estranho, por outro lado, conseguiu. A inveja e a exclusão são libertadas, ocultadas pela aparente boa razão de pertencer. João espera pelo louvor do Senhor, mas ele não vem: "Aquele que não está contra nós, está connosco".. Qualquer pessoa pode fazer milagres em nome de Jesus, mesmo que não seja um dos que o seguem. A tentação do orgulho colectivo, de um "nós" compensatório, de inveja do bem feito por outros que não são do próprio grupo, está sempre à espreita na sociedade civil e na Igreja. É fácil cair nela, e é preciso estar vigilante.
Jesus oferece-lhes antídotos para este orgulho colectivo, alimentado por se saberem discípulos de Jesus e por participarem de perto nos seus milagres: João viu a filha de Jairo voltar à vida e Jesus transfigurou-se na montanha. Afirma que qualquer pessoa, de qualquer povo, fé, cultura, se fizer algo pequeno, como dar aos discípulos um copo de água para beber porque pertencem a Cristo, será recompensada. Por outro lado, os discípulos devem ter cuidado porque podem escandalizar os pequenos, que são aqueles que têm uma fé fraca, talvez levando-os a abandonar o seguimento de Cristo e da Igreja, por exemplo, com a atitude de exclusão que acabaram de demonstrar.
Além disso, o discípulo deve remover aquilo que é um obstáculo para ele, em si mesmo. Uma mão, um pé, o olho. Algo muito pessoal, que provoca tropeços. A mão de Adão tomou o fruto da árvore da vida, e a mão de Caim foi levantada contra Abel. Mas a mão de Abraão levantou-se em oração, e a mão de Jesus levantou a filha de Jairo. A mão agarra para possuir, rouba, mata; mas também funciona, reza, acaricia, cura e dá. Jesus fala apenas de uma mão para cortar, porque a outra é um sinal da possibilidade do bem, da conversão que é sempre possível. O pé recorda a orientação da vida, a posse da terra e o exercício do poder. "Os seus pés correm para derramar sangue".mas "quão belos são os pés daqueles que trazem boas notícias". (Rom 3, 15, 10, 15). "O homem com olhos invejosos é mau". (Sir 14, 8) mas "os meus olhos viram a tua salvação" (Lc 2, 30). Os olhos falam da atitude do coração para com as criaturas. Jesus faz os seus discípulos compreender que eles devem segui-lo (pé) e pôr a sua palavra em prática (mão), mas também ter um olho claro para amar todas as pessoas que ele ama.
A homilia sobre as leituras de domingo 26 de domingo
O sacerdote Luis Herrera Campo oferece a sua nanomiliauma breve reflexão de um minuto para estas leituras.