Vaticano

"Jesus mostra-nos até que ponto Deus é Pai".

Na audiência desta quarta-feira, o Papa Francisco reflectiu sobre como, graças a Jesus, a oração nos abre ao imenso mistério da Santíssima Trindade.

David Fernández Alonso-3 de Março de 2021-Tempo de leitura: 2 acta
audiência geral papa francisco

Na audiência desta quarta-feira - da Biblioteca do Palácio Apostólico, transmitida via streaming - o Papa Francisco quis continuar a sua catequese sobre a oração com um tema profundo, "como, graças a Jesus, a oração nos abre de par em par ao imenso mistério da Santíssima Trindade, às profundezas do Deus de Amor". De facto, anunciou que na próxima semana também irá tratar da mesma linha de oração.

O Santo Padre quis inspirar-se nos modelos da Bíblia, recordando que "ninguém viu o Pai, foi Jesus quem o revelou a nós". Sem Ele a nossa oração não seria capaz de alcançar Deus, não seríamos sequer dignos de mencionar o Seu nome. A Bíblia dá-nos vários exemplos de orações que Deus não aceitou, porque nem todas as orações são boas. No entanto, é Jesus que realiza o nosso desejo ensinando-nos a rezar.
Portanto, faz-nos bem reconhecer a pobreza da nossa oração, como o centurião no evangelho.

É Jesus que realiza o nosso desejo ensinando-nos a rezar.
Portanto, faz-nos bem reconhecer a pobreza da nossa oração, como o centurião no evangelho.

O diálogo com Deus é uma graça imensa, considerando - continuou Francisco - "que 'uma palavra dele' é suficiente para que sejamos salvos". Não há nada em nós que justifique o seu amor, não há proporção. Os antigos filósofos dificilmente pensavam ser possível, com sacrifícios e devoções, enraizar-se com um deus mudo e indiferente.

Sublinhando a figura da paternidade de Deus, ele salientou que "Jesus, por outro lado, com a sua vida, mostra-nos até que ponto Deus é Pai e que ninguém é Pai como ele. Ele assegura-nos que é o pastor que procura a ovelha perdida, o pai misericordioso que sai ao encontro do filho pródigo.

Jesus mostra-nos até que ponto Deus é Pai e que ninguém é Pai como Ele. Ele assegura-nos que é o pastor que procura a ovelha perdida, o pai misericordioso que sai ao encontro do filho pródigo.

Que Deus estaria disposto a morrer pelos homens, a amá-los sempre com paciência, sem esperar nada em troca? Como poderíamos sequer conceber o abismo infinito do amor de Deus? Como poderíamos acreditar que este mar de misericórdia se teria estendido até às margens da nossa humanidade? Só o podemos aceitar e compreender graças ao mistério da cruz.

Leia mais
Boletim informativo La Brújula Deixe-nos o seu e-mail e receba todas as semanas as últimas notícias curadas com um ponto de vista católico.
Banner publicitário
Banner publicitário