Vaticano

O Papa encoraja a preparação para o encontro com Cristo

Na sua meditação do Angelus, o Papa Francisco aprofundou a virtude evangélica da vigilância, com base nas leituras de domingo.

Paloma López Campos-3 de dezembro de 2023-Tempo de leitura: 2 acta
Papa Francisco

O Papa durante a audiência geral de quarta-feira, 29 de novembro (CNS photo / Pablo Esparza)

O Papa Francisco rezou o Angelus neste primeiro domingo de Advento de Santa Marta. Embora o seu estado de saúde continue a melhorar, como informa a Santa Sé, os médicos recomendaram que o Pontífice acompanhasse os fiéis nesta oração a partir do interior da sua residência.

Na sua breve meditação, Francisco sublinhou um conceito que Cristo repete três vezes no Evangelho de hoje: a vigilância. Antes de o desenvolver, o Santo Padre advertiu que não se trata de "uma atitude motivada pelo medo de um castigo iminente, como se um meteorito estivesse prestes a cair do céu e ameaçasse esmagar-nos, se não nos afastássemos a tempo".

Pelo contrário, a vigilância pregada por Jesus diz respeito ao servo, à "pessoa de confiança do patrão", explica o Papa. O servo da Bíblia é aquele com quem "existe uma relação de cooperação e afeto". Por isso, a vigilância é uma virtude baseada "na saudade, na espera do encontro com o patrão que está a chegar".

É esta expetativa que os cristãos devem ter, sublinha Francisco. "Quer seja no Natal, que celebraremos dentro de algumas semanas; quer seja no fim dos tempos, quando Ele regressar em glória; quer seja todos os dias, quando Ele vem ao nosso encontro na Eucaristia, na sua Palavra, nos nossos irmãos e irmãs, especialmente nos mais necessitados".

A casa do coração

O Santo Padre convida todos a "preparar cuidadosamente a casa do coração, para que seja ordenada e acolhedora". É isto que significa realmente a vigilância evangélica, "estar preparado no coração". É a atitude da sentinela que, durante a noite, não se deixa tentar pelo cansaço, não adormece, mas permanece acordada à espera da luz que há-de vir".

As duas melhores preparações, diz Francisco, são a oração e a caridade. "A este propósito, conta-se que São Martinho de Tours, homem de oração, depois de ter dado metade do seu manto a um pobre, sonhou com Jesus vestido precisamente com aquela parte do manto que tinha dado". O Papa considera que neste acontecimento o cristão encontra um modelo exemplar para viver o Advento. De tal modo que encoraja os católicos a "encontrar Jesus que vem em cada irmão e irmã que precisa de nós, e a partilhar com eles o que pudermos".

O Papa reza pelo mundo

Por fim, o Santo Padre encoraja-nos a evitar as distracções inúteis e as queixas constantes, e a dirigirmo-nos à Virgem Maria, "mulher da espera". No final do Angelus, Francisco apelou a um novo cessar-fogo na guerra entre Israel e a Palestina, cuja trégua já terminou. Recordou também as vítimas do atentado durante uma missa nas Filipinas.

O Papa fez também um "apelo para que se responda às alterações climáticas com mudanças políticas concretas", uma vez que este fim de semana se realiza no Dubai a COP 28, à qual não pôde assistir por motivos de saúde. Por fim, o Papa convidou todos a acolherem as pessoas com deficiência neste Dia Internacional, que tem tido um eco especial neste mês de dezembro.

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