Estados Unidos da América

Encerramento da plenária de primavera dos bispos dos EUA

No dia 14 de junho de 2024, terminou a reunião de verão da Conferência Episcopal dos Estados Unidos. Entre os temas debatidos pelo episcopado, contam-se o Reavivamento Eucarístico, a beatificação de Adele Brise e um plano para a pastoral indígena.

Gonzalo Meza-18 de junho de 2024-Tempo de leitura: 3 acta
USCCB

Bispos rezam durante a reunião de primavera em Kentucky (OSV News photo / Bob Roller)

De 12 a 14 de junho, realizou-se em Louisville, Kentucky, a Assembleia da primavera da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB).USCCB). Durante a reunião, os prelados discutiram questões importantes para a Igreja norte-americana, incluindo o Sínodo sobre a Sinodalidade, o Reavivamento eucarístico e o Congresso Eucarístico Nacional (que se realizará em Indianápolis, Indiana, de 17 a 21 de julho). Os bispos aprovaram também um documento para a pastoral indígena e votaram a favor da causa de beatificação e canonização da Irmã Adele Brise.

Falando sobre a iniciativa do Reavivamento Eucarístico, o Núncio Apostólico nos Estados Unidos, Arcebispo Christophe Pierre, falou da relação entre a devoção eucarística e o serviço. Acrescentou ainda que as feridas da Igreja não devem ser escondidas, mas devem ser curadas por Cristo.

"Estamos conscientes das feridas mais evidentes na Igreja: o escândalo dos abusos, o flagelo da indiferença para com os pobres, a fé imersa numa cultura secularizada, a polarização e a divisão - mesmo entre aqueles de nós que estão comprometidos com Cristo e com a sua Igreja. Estas feridas e sofrimentos não são apenas ideias abstractas", afirmou. Neste sentido, D. Pierre salientou que a Eucaristia é a fonte de cura para estas feridas, pois é um remédio poderoso.

Pastoral indígena

Nesta reunião, os bispos norte-americanos aprovaram também um quadro pastoral para a pastoral indígena intitulado "Keeping Christ's Sacred Promise", que tem por objetivo "promover a reconciliação e a cura, celebrando o amor de Deus pelos povos indígenas e fomentando a unidade na fé e no amor de Cristo".

O tema da cura e da reconciliação é o capítulo de abertura. Os bispos reconhecem os traumas vividos pelos povos nativos não só com a chegada dos exploradores e a desapropriação das suas terras, mas também com o sistema de internatos para crianças que foi implementado pelo governo norte-americano no século XIX e no âmbito do qual os indígenas eram retirados à força das suas famílias para entrarem nessas instituições.

Este sistema durou 150 anos e, dos cerca de 500 internatos, 87 eram geridos pela Igreja Católica. "Muitos povos indígenas nunca recuperaram totalmente destas tragédias, que muitas vezes resultaram em lares desfeitos pela toxicodependência, abuso doméstico, abandono e negligência. A Igreja reconhece que desempenhou um papel nos traumas vividos pelas crianças indígenas", afirma o documento, acrescentando que "os sacramentos, especialmente a Eucaristia, servem como o principal remédio para curar as feridas do passado". Atualmente, existem mais de 340 paróquias que ministram o ministério dos nativos americanos.

Adele Brise

Durante esta sessão, os bispos também aprovaram o avanço da causa de beatificação e canonização a nível diocesano da freira Adele Brise, nascida em janeiro de 1831 na Bélgica, mas que emigrou com a sua família para Champion, Wisconsin, em 1855, onde viveu até à sua morte em 1896. 

Em 1859, Adele relatou ter tido aparições de uma mulher vestida de branco que ela identificou como Maria, Rainha do Céu, e que lhe disse: "Reúne as crianças deste país e ensina-lhes o que devem saber para a salvação: o catecismo, como se cruzar com o sinal da cruz e como se aproximar dos sacramentos. É isso que eu quero que façais. Ide e não tenhais medo, eu ajudar-vos-ei". Este foi o início da missão de Adele, que em breve reuniria um grupo de mulheres leigas para abraçar a vida religiosa e dedicar-se ao ensino. Estas aparições marianas receberam a aprovação do Bispo da Diocese de Green Bay em 2010 e o local das aparições foi designado em 2015 como a Basílica Nacional de Nossa Senhora da Campeã.

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