Estados Unidos da América

A USCCB apela à resolução da crise global da fome

De acordo com o Programa Alimentar Mundial, cerca de 258 milhões de pessoas sofreram de fome extrema em 2022. Com a ameaça da Rússia de não permitir a distribuição de cereais provenientes da Ucrânia, prevê-se que os números aumentem e a Conferência Episcopal dos EUA emitiu uma declaração sobre a questão.

Paloma López Campos-11 de agosto de 2023-Tempo de leitura: 2 acta
A fome no mundo

Uma mulher recolhe cereais num campo para pessoas deslocadas na região somali da Etiópia (CNS photo / Claire Nevill, World Food Program handout via Reuters).

Em 2022, cerca de 258 milhões de pessoas sofreram de fome extrema, de acordo com dados fornecidos pelo Programa Alimentar Mundial. Prevê-se que este número aumente, dada a ameaça da Rússia de não permitir que a Ucrânia distribua cereais. A preocupação crescente levou a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) a emitir um nota falar sobre isso.

O comunicado é assinado pelo Bispo David J. Malloy, presidente da Comissão Internacional de Justiça e Paz da USCCB. O comunicado inclui um apelo aos líderes mundiais para que trabalhem no sentido de garantir a segurança alimentar para todos.

Como afirma Malloy, "o Programa Alimentar Mundial estima que 345 milhões de pessoas sofrerão de fome aguda este ano e 129.000 enfrentarão potencialmente a fome em locais como o Afeganistão, SíriaIémen, Corno de África e Myanmar".

Os bispos norte-americanos juntam-se assim à preocupação expressa pelo Papa Francisco: "Apelo de todo o coração para que se faça tudo o que for possível para resolver este problema e para garantir o direito humano universal à alimentação. Por favor, não usem o trigo, um alimento básico, como arma de guerra".

A relação entre os conflitos armados e a fome é muito estreita. Por isso, o presidente da Comissão Internacional Justiça e Paz, na sua nota, faz um "apelo aos líderes mundiais para que olhem para além dos estreitos interesses nacionais, se concentrem no bem comum e se unam para garantir que os abastecimentos alimentares essenciais possam chegar aos mais necessitados".

A declaração do cardeal termina com uma forte exortação: "Os mais vulneráveis gritam de fome. Com a compaixão de Cristo, temos de ouvir os seus gritos e ajudá-los.

O Papa Francisco e a fome

O Papa Francisco também tem falado sobre a crise global da fome repetidamente ao longo do seu pontificado. Já em dezembro de 2013, convidou "todas as instituições do mundo, toda a Igreja e cada um de nós, como uma única família humana, a dar voz a todos aqueles que sofrem silenciosamente com a fome, para que esta voz se torne um rugido capaz de abalar o mundo".

Francisco tem insistido muitas vezes nesta questão porque, como afirmou em 2014, "a alimentação é um direito inalienável". Por isso, chegou a dizer em 2016: "Espero que a luta para erradicar a fome e a sede dos nossos irmãos e irmãs e com os nossos irmãos e irmãs continue a desafiar-nos, que nos mantenha acordados à noite e nos faça sonhar, ambos. Que nos desafie a procurar criativamente soluções para a mudança e a transformação.

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