Vaticano

Francisco agradece "de todo o coração" a "proximidade humana e espiritual" em Gemelli 

Um Papa sorridente exprimiu hoje, no Angelus, a sua gratidão a todos aqueles que lhe manifestaram "afeto, preocupação e amizade, e oração". Esta proximidade humana e espiritual foi para mim uma grande ajuda e um grande conforto". O Papa expressou também a sua "grande tristeza e grande dor" pelas vítimas do naufrágio "muito grave" ao largo da costa grega e rezou pelo Uganda e pela Ucrânia.

Francisco Otamendi-18 de junho de 2023-Tempo de leitura: 3 acta
papa angelus 18 de junho

Saudação do Papa no final do Angelus, a 18 de junho de 2023 ©Vatican Media

O sorriso do Papa Francisco antes da oração do Angelus, e depois da Bênção final, e o seu agradecimento a tantas pessoas pela sua "proximidade humana e espiritual" nos dias que antecederam o Angelus. hospitalizado no Gemelli, foi a melhor notícia em San Pedro hoje, domingo.

"Esta proximidade foi-me de grande ajuda, reconfortante. Obrigado a todos, obrigado, obrigado do fundo do meu coração", disse o Santo Padre antes de iniciar a sua habitual meditação antes da oração da Eucaristia. Angelus com romanos e peregrinos de vários países, a partir da janela do Palácio Apostólico na Praça de São Pedro.

A proximidade foi precisamente o tema da sua reflexão inicial antes de rezar o Angelus. O Papa referiu-se à proximidade de Deus. "Hoje, no Evangelho, Jesus chama pelo nome e envia os doze Apóstolos", disse o Santo Padre. Ao enviá-los, pede-lhes que proclamem uma só coisa: "Ide e anunciai que o Reino dos Céus está próximo" (Mt 10, 7). É o mesmo anúncio com que Jesus começou a sua pregação: o Reino de Deus, isto é, o seu senhorio de amor, está próximo, está a chegar ao meio de nós. E esta não é uma notícia entre outras, mas a realidade fundamental da vida: a proximidade de Deus, a proximidade de Jesus".

"Deus é meu pai, nosso pai".

"De facto, se o Deus do céu está próximo, não estamos sozinhos na terra e, nas dificuldades, também não perdemos a fé", sublinhou o Papa. "Esta é a primeira coisa a dizer às pessoas: Deus não está distante, mas é Pai, conhece-te e ama-te; quer levar-te pela mão, mesmo quando percorres caminhos íngremes e difíceis, mesmo quando cais e tens dificuldade em levantar-te e pôr-te de pé. Ele conhece o caminho, está convosco, é o vosso Pai! "É meu Pai! É nosso Pai!", repetiu com ênfase.

Francisco volta-se então para a imagem da criança confiante e segura com o seu pai. "Ficamos com esta imagem, porque proclamar Deus próximo de nós é convidar-nos a pensar como uma criança, que caminha de mãos dadas com o pai: tudo lhe parece diferente. O mundo, grande e misterioso, torna-se familiar e seguro, porque a criança sabe que está protegida. Não tem medo e aprende a abrir-se: conhece outras pessoas, encontra novos amigos, aprende com alegria coisas que não sabia e depois regressa a casa e conta a todos o que viu, enquanto cresce nele o desejo de crescer e fazer as coisas que viu o pai fazer". 

E prosseguiu na sua breve mensagem: "É por isso que Jesus começa por aqui, porque a proximidade de Deus é o primeiro anúncio: estando perto de Deus, vencemos o medo, abrimo-nos ao amor, crescemos na bondade e sentimos a necessidade e a alegria do anúncio. 

Se queremos ser bons apóstolos, temos de ser como as crianças: sentarmo-nos "nos joelhos de Deus" e, a partir daí, olhar o mundo com confiança e amor, para testemunhar que Deus é Pai, que só Ele transforma os nossos corações e nos dá aquela alegria e aquela paz que nós próprios não podemos alcançar". 

Depois perguntou a si mesmo: "Anunciai que Deus está próximo, mas como o fazeis?", e respondeu: com o testemunho, com gestos, sem muitas palavras. "No Evangelho, Jesus aconselha-nos a não dizer muitas palavras, mas a fazer muitos gestos de amor e de esperança em nome do Senhor: "Curai os doentes, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demónios. De graça o recebestes, de graça o dai" (Mt 10,8). Este é o coração do anúncio: testemunho gratuito, serviço".

 Um pouco de análise 

No final, o Papa voltou às perguntas, como é seu hábito, e à Virgem Maria. "Neste momento, façamos algumas perguntas a nós mesmos: nós, que acreditamos no Deus que está perto de nós, confiamos nele? Sabemos olhar para a frente com confiança, como uma criança que sabe que está a ser carregada nos braços do pai? Sabemos sentar-nos nos joelhos do Pai em oração, escutando a Palavra, aproximando-nos dos Sacramentos?

"E, por fim, perto d'Ele, sabemos dar coragem aos outros, estar perto de quem sofre e está sozinho, de quem está longe e também de quem nos é hostil? Nos últimos dias recebi muita proximidade e por isso bendigo a Deus e estou grato a todos vós: obrigado do fundo do meu coração! Agora rezemos a Maria, para que nos ajude a sentirmo-nos amados e a transmitir confiança e proximidade uns aos outros.

Uganda, Ucrânia, vítimas no mar

Nas suas observações finais, o Papa recordou os recentes naufrágio na costa grega e o seu oração O Presidente do Parlamento Europeu, José Manuel Durão Barroso, manifestou a sua solidariedade para com as vítimas e apelou a que "se faça sempre tudo o que for possível para evitar tragédias semelhantes", recordando que na próxima terça-feira, 20 de junho, se celebra o Dia Mundial do Refugiado, promovido pelas Nações Unidas.

Recordou também "o ataque brutal que teve lugar em Uganda"e rezou pelos jovens estudantes. "Esta luta, esta guerra de todos os lados...", disse. Rezou também para que "perseveremos na oração pela Ucrânia mártir, que está a sofrer tanto". "Rezemos por Paz"foi o pedido do Papa Francisco.

O autorFrancisco Otamendi

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