Educação

Ser uma boa pessoa vende

São jovens, têm milhões de seguidores em redes sociais como TikTok ou Instagram e, em grande medida, o seu envolvimento deve-se ao seu empenho pessoal e à forma como mostram, com total naturalidade, os valores humanos que continuam a atrair todos.

Maria José Atienza-23 de Março de 2022-Tempo de leitura: 2 acta
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Da esquerda para a direita: Álvaro Blanco, Nacho Gil, o moderador, Daniela Rodríguez e Tomás Páramo.

Nacho Gil (@Nachter) e Tomás Páramo (@tomasparamo) são influentes bem conhecidos. Para eles, as redes sociais não são entretenimento, mas um trabalho em que o seu compromisso e os seus valores de vida não são deixados de lado.

Isto é o que partilharam na mesa redonda "Influencer Marketing: Conectando Valores", realizada no Universidade de Villanueva Para além deles, as gerentes da agência Daniela Rodríguez, da agência SoyOlivia, e Álvaro Blanco, da Native Talents, intervieram "do lado das marcas".

Os seus relatos poderiam ser descritos como "brancos": sem insultos ou cenas com tons de adulto. Uma limpeza e uma naturalidade que, no mundo das redes sociais, é um valor acrescentado, cada vez mais apreciado por marcas de campos muito diferentes. Neste sentido, Páramo salientou que trabalha com uma marca que "me contrata pelo meu valor acrescentado". Uma declaração partilhada por Natcher: "Uma das coisas mais importantes é que a marca partilha os meus valores e, além disso, tenho de gostar do produto. Se não me deixarem entrar nas minhas piadas, não faço a campanha".

Trabalho e naturalidade

Esta comercialização de valores foi o foco desta mesa redonda na qual Nacho Gil enfatizou a constância e o trabalho árduo necessários para alcançar o sucesso neste sector. Um sucesso que, no entanto, tenta relativizar o mais possível: "Eu afasto-me dos acontecimentos, porque prefiro um dia normal".  

Há 7 anos que faço vídeos", explicou Nachter, "e a coerência é a coisa mais importante". Nunca parámos. É um esforço, mas tem-me ajudado a crescer. Quer tenha um bom ou mau dia, tem de carregar algo porque se apercebe que está a ajudar as pessoas e sabe que tem de ser positivo para elas. Este é um trabalho no final do dia.

Tomás Páramo, por seu lado, recomendou "ser natural, sermos nós próprios, sermos transparentes, que as pessoas vejam que todos nós temos dias bons e maus e que não somos actores e não temos de nos colocar no papel de alguém que não somos".

Ambos colocaram especial ênfase na necessidade de liberdade criativa. Uma liberdade que, além disso, provou ser positiva tanto para eles quando se trata de criar conteúdo, como para as marcas com que trabalham, devido à naturalidade com que podem alcançar os seus objectivos desta forma.

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