Existem numerosos escritos que atestam o culto de Santa Brígida na Irlanda, mas não há muitos factos comprovados sobre a sua vida. Segundo a história, ela nasceu no século V em Faughart, perto de Dunkalk, numa altura em que a evangelização da Europa estava a decorrer, e desde muito cedo se consagrou a Deus e foi escolhida por Ele. Foi para conta que a sua mãe a mandava recolher a manteiga que as mulheres faziam com o leite das vacas e que ela dava aos pobres.
Sabe-se muito pouco sobre a grande fundação religiosa de Kill-dara (o templo do carvalho) e sobre o seu governo. Supõe-se que tenha sido um "mosteiro duplo", ou seja, que incluía homens e mulheres, como era prática comum entre os Celtas. É muito possível que Santa Brígida presidiu às duas comunidades. A este santo irlandês são atribuídas a numerosos milagres, tais como devolver a visão a cegos, acabar com pragas, multiplicar alimentos e até transformar água em cerveja para matar a sede em celebrações religiosas. É também conhecida como a padroeira dos leiteiros.
Santa Brígida foi representado no arte com a igreja de Kildare em chamas. Graças a ela, o paganismo do lugar foi substituído pelo fogo da Páscoa de Cristo. A imagem do carvalho está ligada à da sarça ardente, uma vez que se encontra perto do tabernáculo. A Virgem que gera o corpo de Cristo é a sarça ardente, a Igreja é esta sarça ardente.