Família

40 dias para a vida: "A nossa presença é um lembrete de que existem alternativas ao aborto".

40 dias que salvaram mais de uma centena de vidas. Desde o início da campanha de 22 de Setembro até 31 de Outubro, dezenas de pessoas reuniram-se em frente de clínicas onde se realizam abortos com um objectivo: rezar pelas mulheres que vão a esses centros e, sempre que decidem aproximar-se, oferecer-lhes recursos e possibilidades de levar a termo as suas gravidezes e ter os seus filhos.

Maria José Atienza-31 de Outubro de 2021-Tempo de leitura: 2 acta
gravidez

A campanha de 40 dias para a vida está terminado, mas o trabalho destes voluntários e associações nunca está terminado. Marcos e Nayeli, coordenadores de 40 dias de vida no nosso país sublinham que "rezar diante de uma clínica de aborto é estar na última linha de batalha" e exigem informação sobre as alternativas e ajuda disponíveis para muitas destas mães que procuram abortos por "razões económicas ou emocionais, insegurança com uma gravidez inesperada e como encaixar esta circunstância na sua projecção pessoal e/ou profissional".

-Como vive hoje em dia para a vida a partir de dentro?

Humanamente falando, houve alturas em que estávamos preocupados com os turnos restantes a serem preenchidos e para nossa surpresa havia pessoas que não se tinham inscrito e que estavam lá a rezar. Assim, como organizadores, ensinou-nos a confiar em Deus. Testemunhámos como Deus trabalha e torna esta iniciativa sua e como Ele transforma os corações. Tudo o que vivemos durante estes dias como organizadores também nos ajudou a crescer na nossa relação com Deus. Ele excede sempre as nossas expectativas.

- Há aqueles que o acusam de "assediar" as mães, como se aproximam as mães, aproximam-se mais de si, apreciam-no?

O nosso papel é o de rezar, não nos aproximamos das mães. A nossa presença é um lembrete de que existem outras alternativas e, se se aproximarem de nós, nós estendemos-lhes a mão. Há mulheres que nos estão gratas, e uma chegou mesmo a dizer-nos que desejava que tivéssemos estado lá no dia em que entrou para o seu aborto.

Neste período de 40 dias, mais de cem crianças foram salvas. Quais são as causas que levam estas mães a querer matar os seus filhos, e como são acompanhadas posteriormente?

As causas são muito diversas: económicas, emocionais, insegurança com uma gravidez inesperada e como encaixar esta circunstância na sua projecção pessoal e/ou profissional... O importante é que estejam empenhados em defender a vida que levam dentro de si. As pessoas que os acompanham estabelecem laços pessoais que vão para além de uma mera presença física até ao momento do nascimento e que duram para além desse momento. Muitas vezes, o mesmo
Mães que uma vez pensaram em fazer um aborto e finalmente decidiram ir em frente, estabelecer grupos entre si e reunir-se. Por vezes são também apoiados oferecendo-lhes ajuda na entrada no mercado de trabalho, com
formação específica ou apoio para o reconhecimento de qualificações obtidas noutros países.

O importante seria que antes de uma mulher fazer um aborto, ela deveria saber que existem outras alternativas e que a sua disseminação deveria ser mais transparente.

Marcos / Nayeli

-Como pode continuar a apoiar esta campanha?

Dizer sim para participar em futuras campanhas. O ideal, porém, seria que não fosse necessária qualquer campanha. Rezar diante de uma clínica de aborto é estar na última linha de batalha... O importante seria que antes de a mulher lá chegar, ela saiba que existem outras alternativas e que a sua disseminação seria mais transparente. Legalmente, está regulamentado que a informação deve ser oferecida no caso de uma gravidez indesejada, mas na prática, a informação que é oferecida não é completa e vai apenas numa direcção, que é precisamente o que nos leva a rezar diante das clínicas.

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