O jovem Carlo Acutis, recentemente beatificado, disse: "Estou feliz por morrer, porque vivi a minha vida sem desperdiçar um minuto em coisas que não agradam a Deus". A vida dos santos é um poderoso argumento de credibilidade. Demonstram de forma concreta e eficaz a veracidade do Evangelho, que não permanece apenas uma doutrina teórica e muito menos uma ideologia, mas contém a semente divina para o desenvolvimento da excelência na existência pessoal, nas sociedades e nas culturas.
Perto e poderoso
As suas vidas intensas, impulsionadas pela fé, mostram de uma forma próxima e poderosa o humanismo definitivo contido na mensagem cristã, que torna presente no mundo a novidade sobrenatural do Reino de Deus. A sua existência, cheia do fogo do Espírito, refuta não só a impostura de um humanismo ateu fingido, desmentido pelos terríveis regimes totalitários do mundo contemporâneo, mas também a pretensão de um cristianismo tépido e medíocre, mundano, incapaz de transmitir a vida de fé.
Evangelho vivo
Os santos são realmente o Evangelho vivo, vivido, expresso na história de pessoas de todos os estilos de vida: são uma extensão ou continuação do próprio Cristo e do seu trabalho no tempo e no espaço, na mais ampla variedade de circunstâncias, formas e escolhas. A Igreja apresenta todos estes testemunhos surpreendentes mas acessíveis, tangíveis - os santos "do lado" (Francisco), "da vida corrente" (São Josemaría) - como a força motriz fundamental da sua missão evangelizadora.
Atracção a Jesus
A vida luminosa e simples, verdadeiramente virtuosa dos santos é convincente da plenitude oferecida por Cristo. São "o rosto mais belo da Igreja, a noiva de Cristo" (Francisco); são um vislumbre da beleza divina encarnada. Atraem fortemente para Jesus, causa da redenção universal e modelo acabado para todos, pela sua sabedoria superior e eterna; influenciam poderosamente pela sua vida de oração, intercessão e sacrifício oculto; regeneram os povos pelo seu exemplo de caridade generosa, ousada e heróica.
Foi assim que Santa Faustina Kowalska rezou: "Ajuda-me, Senhor, para que os meus olhos sejam misericordiosos, para que eu possa nunca desconfiar ou julgar segundo as aparências, mas procurar a beleza na alma do meu próximo e vir ajudá-lo".
Os santos "foram sempre a fonte e a origem da renovação nas circunstâncias mais difíceis da história da Igreja" (São João Paulo II). Destacam-se como "estrelas de esperança", apontando para Cristo como o único Salvador (Bento XVI). São luminárias claras e guias seguros sobre a peregrinação terrestre em direcção ao céu.