O professor Juan Luis Lorda oferece no seu canal do youtube uma análise informativa da atual crise que a Igreja enfrenta e propõe uma série de sugestões para a enfrentar. Surpreendentemente, admite ter utilizado ferramentas de inteligência artificial como o GPT chat e o Bing para a sua apresentação, embora o núcleo da apresentação se baseie evidentemente nas suas reflexões pessoais.
Um diagnóstico da crise
Lorda identifica três factores principais que têm levado à perda de fé de muitos crentes:
- Dúvidas históricasAs incertezas sobre Jesus Cristo e a fiabilidade dos textos bíblicos geram confusão e desconfiança entre alguns.
- Influência da secularizaçãoUm ambiente cultural e social adverso à fé, alimentado por processos de descristianização no Ocidente. Lorda destaca o papel da televisão no século XX (que substituiu o papel formativo da família) e a crise da educação religiosa, que alterou os modelos tradicionais de transmissão da fé.
- Experiências negativas com a religiãoTanto a nível pessoal como global, como o escândalo da pedofilia, afectaram profundamente a perceção da Igreja.
Neste contexto, Lorda sublinha que a Igreja, ao tentar renovar-se após o Concílio Vaticano IIA UE enfrentou tensões internas que conduziram a uma crise que afectou muitos aspectos.
Regresso à tradição com equilíbrio
Lorda alerta para uma atitude comum entre alguns grupos: a ideia de cortar com tudo o que aconteceu depois da morte de Pio XII em 1958 para "recuperar a tradição". Embora esta intenção parta de um desejo de fidelidade, esquece-se que a verdadeira tradição inclui a comunhão com o Papa e a unidade da Igreja. Segundo Lorda, um diagnóstico incorreto impede uma abordagem correta dos problemas actuais, cuja solução é recordar que a Igreja é obra do Espírito Santo.
O que é que devemos fazer? Três passos fundamentais
Após o diagnóstico, Lorda propõe três acções essenciais para enfrentar a crise na Igreja:
- Celebrar bem a Eucaristia. A celebração da Eucaristia, fonte de vida da Igreja, deve ser feita com devoção e em comunhão com a Igreja universal. A Igreja nasce da Eucaristia e isto é quase tão difícil de acreditar como dizer que o que faz a Igreja é a cruz, mas no fundo é a mesma coisa. A maneira mais eficaz de mudar o mundo não depende da imprensa ou das redes sociais, mas de dar prioridade ao que Jesus Cristo ordenou: "Fazei isto em memória de mim".
- Evangelizar com um espírito mais carismático. Baseando-se no mandamento de Jesus de "fazer discípulos de todos os povos", Lorda sublinha a importância de conhecer primeiro o Senhor para depois o dar a conhecer aos outros. Recomenda que a Igreja na Europa adopte uma abordagem mais carismática, semelhante à das comunidades na América, para revitalizar o seu impulso evangelístico.
- Viver o mandamento do amor. Amar os outros como Cristo amou é o testemunho mais poderoso da existência de Deus. Segundo Lorda, este amor não só reforça a unidade da Igreja, mas é também o sinal distintivo dos discípulos de Cristo.
Com estas propostas, Lorda convida os cristãos a assumirem a sua missão com esperança, lembrando que a eficácia da Igreja vem do Espírito Santo e não apenas dos seus próprios esforços. "Estamos numa empresa sobrenatural", conclui, colocando o foco na fé, na comunhão e no amor como pilares fundamentais para superar os desafios actuais.