Ecologia integral

Inteligência artificial: dignidade humana, um critério chave

Os desafios morais e éticos decorrentes do desenvolvimento e das múltiplas aplicações da Inteligência Artificial sublinham a necessidade de uma regulamentação que tenha a dignidade da pessoa no seu cerne.

Giovanni Tridente-14 de Abril de 2023-Tempo de leitura: 2 acta
inteligência artificial

A dignidade intrínseca da pessoa humana deve ser o critério chave para avaliar as tecnologias emergentes. Isto foi reiterado pelo Papa Francisco há algumas semanas, quando se falava de um tema tão actual como a inteligência artificial, que praticamente "hipnotizou" o mundo durante alguns meses, após o aparecimento da agora famosa aplicação ChatGPT.

Há décadas que a Igreja se interroga sobre os desafios colocados pelo Inteligência ArtificialDurante pelo menos setenta anos (ver Alan Turing em 1950), os cientistas têm competido pelo primado de uma tecnologia capaz de "raciocinar" de uma forma semelhante ao homem. Em 1987, foi São João Paulo II - o primeiro entre os últimos pontífices - que alertou para os riscos mais imediatos de uma "robotização" do mundo do trabalho, que levaria a uma substituição generalizada da actividade manual do homem sem uma verdadeira substituição.

Hoje, o problema está ao nível da "consciência" e da sensibilização, explorando a nossa preguiça e endossando sem qualquer crítica o "sucesso" que as máquinas possam alcançar.

Em jogo com ChatGPT está a criatividade do homem e o seu "domínio" sobre as chamadas obras intelectuais, a começar pelas relacionadas com o mundo da comunicação e, porque não, do jornalismo. É por isso que o Papa Francisco faz questão de salientar a necessidade de "promover uma maior consciência e de considerar o impacto social e cultural" destes artefactos, que são de qualquer modo fruto do engenho humano e dos "dons" que Deus concedeu às suas criaturas.

Encontro e confronto

Há sem dúvida uma necessidade de alimentar espaços "sérios e inclusivos" de encontro e debate sobre a utilização de máquinas. Mais especificamente, um "diálogo entre crentes e não crentes sobre as questões fundamentais da ética, ciência e arte", sem esquecer a busca do verdadeiro sentido da vida e com o objectivo de construir a paz e o verdadeiro desenvolvimento. humano integral.

Dirigindo-se a cientistas, engenheiros, empresários, juristas, filósofos - reunidos sob a égide dos "Diálogos Minerva" e convocados pelo Dicastério da Educação e Cultura - o Papa Francisco sublinhou a positividade das tecnologias emergentes, das quais é impossível negar ajuda concreta à humanidade também em termos de criatividade e benefícios futuros. Mas isto só será verdadeiramente apoiante se soubermos orientar verdadeiramente o desenvolvimento de novas tecnologias.desenvolvimento tecnológico para o bemO relatório encontrou consenso, por exemplo, sobre os valores de transparência, segurança, equidade, inclusão, fiabilidade e confidencialidade.

Regulamento de Inteligência Artificial

A única forma de avançar é através da regulamentação, como Laudato si' ponto 194 já indicou, falando da promoção de um progresso autêntico que visa deixar o mundo melhor do que o encontramos e gerar uma qualidade de vida integralmente superior.

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