Superando a Indiferença: Um Dia de Paz no Horizonte do Ano Jubilar

27 de Janeiro de 2016-Tempo de leitura: 2 acta

A Santa Sé celebra o Dia Mundial da Paz há 49 anos, e desde 1968 que também publica uma mensagem que trata de algum aspecto desta grande aspiração. Depois de todo este tempo, a eficácia deste esforço foi comprovada. Embora o documento do Papa dificilmente possa pôr um fim definitivo aos conflitos, lança luz sobre as suas causas e encoraja-nos a combater situações que são incompatíveis com a paz.

O tema escolhido por Francisco este ano, apelando à superação da indiferença para conquistar a paz, aponta para a globalização de uma tendência que é causa de injustiça e violência, e contradiz a vocação fundamental do homem para a fraternidade, como diz a Mensagem. O Papa compreende que a condição para superar a indiferença para com os outros é superá-la na relação com Deus; é por isso que ele apela à conversão do coração. Mas não deixa de fazer um forte apelo aos Estados para que realizem acções concretas e corajosas a favor das pessoas mais vulneráveis, juntamente com políticas adequadas e de longo alcance.

O tema do Dia está em plena consonância com o quadro geral do recentemente iniciado Ano da Misericórdia. O Jubileu está já a tornar-se uma ocasião para profundas mudanças de atitude. Convida-nos a fazê-lo por meio de sinais visíveis e eficazes de vários tipos. É o caso das Portas Sagradas, que em todo o mundo nos convidam a caminhar e completar o caminho que conduz ao encontro com a ternura de Deus; ou o convite para nos aproximarmos do sacramento da Confissão, que está ainda mais próximo neste momento, uma vez que a reconciliação com Deus pressupõe uma experiência directa da Sua misericórdia. Eventos como a anunciada canonização de Madre Teresa de Calcutá também têm o carácter de sinais fortes, capazes de nos comover. Vestida com o seu simples hábito, revelando a sua consagração a Deus e ao serviço dos pobres, ela exemplifica o significado prático da misericórdia numa das principais formas em que ela é expressa. E é também um convite à descoberta das possíveis expressões em que as obras de misericórdia são hoje concretizadas, nas nossas condições.

O autorOmnes

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