Vaticano

Papa no Angelus: "Aproveitemos as férias para parar e ouvir Jesus".

O Papa Francisco encorajou as pessoas a rezar e a ler o Evangelho com mais calma e atenção durante as férias de Verão e pediu orações pelo Sri Lanka, Ucrânia e a próxima viagem ao Canadá.

Maria José Atienza-17 de Julho de 2022-Tempo de leitura: 2 acta
angelus 17 de julho

O Papa Francisco realizou a sua tradicional oração Angelus na Praça de São Pedro ao meio-dia desta tarde. No auge da estação do Verão, quando muitas pessoas já estão a gozar as suas férias, o Papa quis recordar-nos que este é um bom momento para dedicar mais tempo à oração. Fê-lo tomando a sua deixa do Evangelho deste 16º Domingo do Tempo Comum, que apresenta "uma cena doméstica animada", como o Papa a descreveu, na casa de Marta, Maria e Lázaro.

Francisco quis recordar-nos que a ocupação excessiva, mesmo em coisas boas, se não for fundada na oração "é reduzida à fadiga e agitação por muitas coisas, é reduzida a activismo estéril".

Por este motivo, o Papa salientou, "Maria sentiu que existe uma 'boa parte' à qual devemos dar o primeiro lugar. Tudo o resto vem mais tarde, como um fluxo de água que flui da fonte. E assim nos perguntamos: E qual é esta "boa parte"? Está a ouvir as palavras de Jesus". 

Francisco quis sublinhar que "a palavra de Jesus não é abstracta, é um ensinamento que toca e molda a vida, muda-a, liberta-a das trevas do mal, satisfaz e instila uma alegria que não passa: a palavra de Jesus é a parte boa, aquela que Maria tinha escolhido. É por isso que ela lhe dá o primeiro lugar: ela pára e ouve. O resto virá mais tarde.

Em consonância com isto, o Papa salientou que uma das práticas que o Verão, e o ritmo mais lento do trabalho, pode favorecer é a de "parar e ouvir Jesus". Hoje é cada vez mais difícil encontrar momentos livres para meditar. Para muitas pessoas, o ritmo de trabalho é frenético e cansativo. O período de Verão também pode ser valioso para abrir o Evangelho e lê-lo lentamente, sem pressa, uma passagem de cada dia, uma pequena passagem do Evangelho".

Países em conflito e oração pelo Canadá

No final da oração do Angelus, o Papa quis, uma vez mais, recordar o povo do Sri Lanka e implorou a todas as partes "que trabalhassem em conjunto para encontrar uma solução pacífica para a crise actual, em favor, em particular, dos mais pobres, respeitando os direitos de todos".

A crise na Ucrânia, que continua a sofrer com a invasão russa, também constava das saudações finais do Papa, que fez uma pergunta directa: "Como é possível não compreender que a guerra apenas cria destruição e morte, afastando os povos, matando a verdade e o diálogo? Rezo e espero que todos os actores internacionais trabalhem realmente arduamente para retomar as negociações, e não para alimentar a insensatez da guerra".

O Papa também pediu aos fiéis que o acompanhassem com as suas orações na sua próxima viagem ao Canadá, "uma peregrinação penitencial" onde ele vai "em nome de Jesus para se encontrar e abraçar os povos indígenas". Infelizmente, em CanadáNo passado, muitos cristãos, incluindo alguns membros de institutos religiosos, contribuíram para políticas de assimilação cultural que, de diferentes formas, prejudicaram gravemente as comunidades nativas. Espero, com a graça de Deus, poder contribuir para o caminho da cura e da reconciliação já empreendidas".

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