Evangelização

7 coisas que o Papa vos pede para a JMJ Lisboa 2023

Centenas de milhares de jovens assistirão ao próximo Dia Mundial da Juventude em Lisboa, em Agosto de 2023.

Jorge Oliveira-14 de Novembro de 2022-Tempo de leitura: 4 acta
wymj lisboa 2023

Foto: fotografia CNS/Alessandro Bianchi, Reuters

O Dia Mundial da Juventude terá lugar de 1 a 6 de Agosto de 2023 na capital portuguesa com o lema "Maria levantou-se e partiu sem demora".

Após anos de pandemia, este evento reunirá centenas de milhares de jovens de todo o mundo. As inscrições estão abertas e o Papa foi o primeiro a fazê-lo.

1. aprender com Maria. Em 2019, numa audiência com centenas de crianças, o Santo Padre confessou: "o que acontece às crianças mim mimadas aconteceu: não gosta de sopa? Dois cursos, não gosta de viajar? Viajará muito... de facto, durante as suas viagens conhece muitas pessoas, boas pessoas e aprende muito. A sua primeira viagem foi ao sul de Itália (Lampedusa) onde mudou de ideias: "depois de Lampedusa, compreendi que tinha de viajar".

Francis fez 41 viagens e Portugal acolherá Francis pela segunda vez, após a sua visita em 2017. Se o primeiro foi marcado por um slogan de identidade mariana ("Temos uma Mãe"), este segundo tem como lema "Maria levantou-se e partiu sem demora".

As viagens apostólicas servem para reformar a Igreja, colocando as periferias no centro, para procurar novos caminhos de evangelização, onde Maria - e em Portugal, a Virgem de Fátima - é a grande mestra.

2. mais do que uma tempestade de Verão. A JMJ tem um propósito eminentemente espiritual, e não significa nada mais do que "um encontro com Deus".

Francis tem grandes esperanças quanto ao impacto que pode ter nos participantes. Para vos dar uma ideia, durante a JMJ 2013 no Rio de Janeiro, muitas pessoas repararam que havia uma igreja localizada debaixo da estátua do Cristo Redentor e para 45% dos participantes foi o acontecimento mais impactante das suas vidas.

As experiências das edições passadas (Panamá, Cracóvia, Rio de Janeiro e Madrid) mostram que a JMJ multiplica os frutos espirituais na Igreja: maior participação na missa dominical e confissão; mais decisões para corresponder à própria vocação. E entre os milhares de voluntários, muitos continuam a colaborar com as suas dioceses em actividades sociais.

3. não se esqueça do número de telefone de Jesus. Numa audiência pré-JMJ no Panamá, o Papa recordou que "todos nós temos o telefone de Jesus e todos nos podemos ligar a Jesus". Ele está lá, ele tem sempre espaço, sempre, sempre! Ele ouve-nos sempre porque é assim, próximo de nós".

A logística de um evento pode distrair-nos do essencial, dos momentos de adoração, da participação na Santa Missa e da possibilidade de voltar ao telefone com uma boa confissão. Estes são os melhores frutos. Um grande evento eclesial assemelha-se ao episódio evangélico do Casamento em Caná: os convidados daquela festa na Galileia partiram felizes, mas os organizadores tinham a certeza de que não dependia dos talentos organizacionais dos noivos.

4. Desfrute com os seus amigos após a pandemia. Na sua mensagem para a JMJ 2023, Francis recordou que "tempos recentes têm sido difíceis, quando a humanidade, já testada pelo trauma da pandemia, é dilacerada pelo drama da guerra".

A solução parece ser o modelo de serviço de Nossa Senhora, que com a sua visita ao seu primo "reabre para todos e especialmente para vós, que sois jovens como ela, o caminho da proximidade e do encontro". O Papa pede-nos que tenhamos pressa em colocar as necessidades dos outros acima das nossas.

5. Construir pontes. É necessária uma aliança entre jovens e velhos, de modo a não esquecer as lições de história, para superar os extremismos deste tempo. A diferença de idade entre o Papa e os participantes neste evento parece ter sido ultrapassada: mais de um milhão de jovens preparam-se para ouvir um homem de 86 anos.

Francisco chama-nos a construir pontes com pessoas de outras gerações ou que pensam de forma diferente, a saber viver delicadamente juntos com os diferentes carismas da Igreja.

Henrique Monteiro, editor de ExpressoO principal jornal semanal português, reconheceu: "Eu, que não sou católico, acho óptimo que a JMJ venha a Portugal e que estejam a celebrar a juventude, a paz e a harmonia. Este é o espírito de fraternidade e tolerância, próprio de um estado laico, que se opõe ao dogmatismo e sectarismo daqueles que não respeitam os outros".

Construir pontes: este é o grande desafio. Um facto simbólico a este respeito: a cerimónia de encerramento da JMJ terá lugar sob a maior ponte da União Europeia (12,3 km), na parte oriental da capital portuguesa. 

6. Imitar a hospitalidade de Elizabeth. A fé e a vocação abrem-nos aos outros, também às suas necessidades mais humanas e materiais, para tornar o mundo mais acolhedor para todos, com especial atenção para os mais vulneráveis. "Não bastava Jesus olhar para nós de longe, ele queria estar connosco, ele queria partilhar a sua vida connosco".

Do encontro de Maria com o seu primo vêm aquelas palavras que milhões repetem diariamente na Ave Maria O que nos impede de servir? Olhar constantemente ao espelho, contemplar a própria imagem, ser apanhado nas redes sociais.

O Bispo Américo Aguiar, o bispo responsável pela JMJ em Lisboa, recorda-nos outro desafio: esta será a primeira JMJ que incluirá a geração de nativos digitais, pessoas que nasceram na era digital, com a Internet. Temos de pensar em como podemos acolhê-los para que se sintam em casa na Igreja.

7. inscreva-se! O Santo Padre fê-lo em 23 de Outubro durante o Angelus. O registo pode ser feito através do website lisboa2023.org.

O Comité Organizador prestou uma gama de serviços tais como alojamento, alimentação, seguro de acidentes pessoais, transporte e kit de peregrinos. Agora depende de si, do seu grupo ou da sua paróquia. Também é possível inscrever-se como voluntário.

Agora é a altura de se levantar e ir depressa, pois existem descontos 10% para inscrições até 31 de Dezembro de 2022.

O autorJorge Oliveira

Autor do capítulo "Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023 em Lisboa" na versão portuguesa do livro de Austen Ivereigh "Como defender a fé sem levantar a voz".

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